Companhia investe mais de R$ 30 milhões em projeto pioneiro com inauguração prevista para outubro, no Distrito Federal

A Neoenergia deu início à construção de uma das primeiras usinas de hidrogênio verde (H₂V) do país, localizada em Taguatinga, no Distrito Federal. A planta funcionará como ponto de abastecimento para veículos leves e pesados, com investimento superior a R$ 30 milhões. O projeto integra o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&DI), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e tem inauguração prevista para outubro.

A unidade será alimentada por uma usina fotovoltaica e contribuirá para a descarbonização de setores de difícil eletrificação, como o transporte automotivo. A escolha de Taguatinga, próxima a Brasília, foi estratégica: além de ser um polo político e econômico, a região oferece visibilidade e viabilidade para a implantação de uma infraestrutura inédita voltada à mobilidade com emissão zero de CO₂.

“Nosso compromisso é impulsionar a eletrificação por meio de investimentos em tecnologias inovadoras. O Brasil possui vantagens competitivas, como abundância de energia renovável a custos acessíveis, o que o posiciona como líder natural na transição energética”, afirma Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia.

A planta será também um centro de conhecimento e inovação, fomentando o desenvolvimento do hidrogênio verde como vetor energético. A inauguração ocorrerá em um momento estratégico, com o Brasil se preparando para sediar a COP 30, reforçando o protagonismo da Neoenergia na agenda climática global.

Veja o vídeo de como será a planta de H2V da Neoenergia.

Vetores energéticos – Embora muitos processos industriais possam ser eletrificados diretamente, setores como transporte pesado, siderurgia, indústria química e de fertilizantes exigem alternativas como o hidrogênio verde e seus derivados para alcançar a descarbonização.

Nesse contexto, o grupo Iberdrola, controlador da Neoenergia, já opera dois projetos de H₂V na Espanha desde 2022, incluindo um voltado à mobilidade urbana.

O projeto brasileiro segue modelo semelhante ao da planta da Iberdrola em Barcelona, que abastece ônibus da Zona Franca. No entanto, a unidade de Taguatinga se destaca por oferecer abastecimento em duas pressões, atendendo uma gama mais ampla de veículos, como ônibus, caminhões e automóveis de passeio.