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Transição Energética 

A transição energética é essencial para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, exigindo a expansão das energias renováveis e a redução dos combustíveis fósseis, além de trazer benefícios econômicos e sociais, incluindo a criação de empregos e equidade de gênero.

Cientistas do mundo inteiro alertam: um aquecimento global de 1,5 grau Celsius acima do período pré-industrial pode ter graves consequências, incluindo a insegurança alimentar e o desaparecimento de espécies. O aumento da temperatura é impactado pelas emissões de gases do efeito estufa (GEE), principalmente o dióxido de carbono (CO2) e o metano, provenientes de atividades como a extração e da produção de combustíveis fósseis — petróleo, carvão e gás natural. Isso quer dizer que, desde o consumo de plástico até a queima de carvão para gerar energia elétrica, os hábitos das pessoas e dos negócios podem contribuir para as mudanças climáticas. 

No entanto, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) reforçou em seu mais recente relatório sobre mitigações, publicado em abril de 2022, que, apesar do cenário trágico, ainda é possível reduzir pela metade as emissões até 2030. O setor de energia é o maior responsável pelas emissões globais, por isso é necessário que governos, empresas e organizações da sociedade civil atuem pela promoção de políticas mais sustentáveis nesse mercado. 
 

O que é transição energética? 

A ampliação de energia de fontes renováveis e a redução do uso de combustíveis fósseis, além do foco em eficiência energética e dos investimentos em tecnologia, são as bases para a transição energética de baixo carbono. Esse é um conceito que busca a transformação da matriz energética para soluções menos poluentes. 

Fazem parte das orientações do IPCC ainda o aumento do acesso à eletricidade por todas as pessoas e do uso de combustíveis alternativos, como o hidrogênio azul ou verde. Outras possibilidades que têm sido adotadas são o armazenamento de energia e as iniciativas de remoção ou compensação de carbono emitido, incluindo a captura ou as negociações no mercado de carbono. 
 

Como deve ocorrer a transição energética?

A proposta do IPCC, no relatório sobre mitigações, inclui três rotas para a expansão da energia sustentável: 
 

Descarbonizar a energia primária e a geração de eletricidade; 

 

Ampliar o uso de eletricidade, bioenergia, hidrogênio e outros combustíveis produzidos
a partir de fontes de baixo carbono; 
 

Limitar o uso de energia por meio da melhoria da eficiência e da conservação.

 


Esse processo tem benefícios como o estímulo à criação de uma nova economia e a geração de empregos. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), medidas para um setor de energia mais sustentável podem trazer ganhos líquidos de aproximadamente 24 milhões de empregos até 2030. Além disso, as energias renováveis trazem um cenário com mais equidade de renda e gênero; segundo a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) as mulheres respondem por um terço dos empregos em renováveis, um cenário melhor do que em óleo e gás. 

 

O que é transição energética justa? 

A transição justa é uma necessidade reconhecida por diversas organizações internacionais e prevê, segundo o IPCC, a adoção de medidas para garantir que sejam minimizados os impactos provocados pelas mudanças nas tecnologias energéticas e os benefícios sejam ampliados. Erradicação da pobreza, regulação da prosperidade e criação de empregos em setores considerados verdes são alguns dos temas principais. As ações devem considerar as possibilidades locais e podem estar alinhadas aos ODS.
 

Transição energética no Brasil 

No Brasil, as matrizes elétrica e energética têm uma maior participação de fontes limpas e renováveis do que no restante do mundo — enquanto no país 46% da energia é proveniente dessas fontes, globalmente esse percentual cai para 14%; considerando a eletricidade, são 83% e 27%, respectivamente. A principal fonte nacional é a hídrica, que responde por mais da metade da capacidade instalada do país, seguida da eólica
 

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelos estudos que subsidiam o planejamento do setor no Brasil, afirma que um dos maiores desafios do país é o setor de transportes. Iniciativas para reduzir as emissões são o estímulo ao uso de biocombustíveis, como etanol (obtido a partir do caldo da cana-de-açúcar) e biodiesel (a partir de óleos vegetais), e de veículos elétricos. 
 

O papel da Neoenergia na transição energética do Brasil 

A estratégia e o modelo de negócio da Neoenergia​​ foram desenhados antecipando o papel que o setor elétrico pode desempenhar no combate às mudanças climáticas e na criação de oportunidades de desenvolvimento econômico, social e ambiental. A companhia é pioneira na transição energética nacional e se comprometeu a liderar esse processo, priorizando descarbonização, descentralização e digitalização das redes. 
 

A Neoenergia iniciou a operação do seu primeiro complexo eólico em 2006, um dos primeiros do Brasil. O fornecimento de energias renováveis é o foco da empresa, que possui, entre ativos em operação e em construção, 44 parques eólicos, sete usinas hidrelétricas e dois parques solares. A companhia está investindo em novos modelos de geração, fomentando projetos de eólica offshore e hidrogênio verde em estados como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco. 

A companhia estimula a inovação ainda por meio do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre os projetos, estão a instalação de microrredes para o abastecimento de uma comunidade isolada no interior da Bahia. Em mobilidade elétrica, destaca-se a instalação do Corredor Verde, eletrovia que fornece infraestrutura de recarga em 1,2 mil quilômetros entre a Bahia e o Rio Grande do Norte, e do Trilha Verde, iniciativa para promover aplicações ambientalmente sustentáveis para a ilha de Fernando de Noronha (PE). 

 

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