Começou
agora em agosto uma nova etapa do projeto voltado ao desenvolvimento de
tecnologia para redes inteligentes. A iniciativa é do setor de Pesquisa e Desenvolvimento(P&D) da Neoenergia, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), e gera, de forma pioneira, produtos nacionais que buscam melhorar a
eficiência operacional da rede de distribuição de energia elétrica. Ao investir
em soluções legitimamente brasileiras, é possível obter menores custos, o que
impacta positivamente toda a cadeia produtiva do setor.
“Esse
é um caminho interessante para aplicação dos recursos de P&D. A
nacionalização de tecnologia possibilita custos de aquisição de equipamentos
mais razoáveis ao mesmo tempo que melhora a qualidade e os custos do
fornecimento de energia. Assim, desenvolvemos produtos para inserção no mercado
e para utilização pelas empresas da Neoenergia, o que resulta em eficiência
operacional”, diz José Antonio Brito, gerente corporativo de Pesquisa e
Desenvolvimento da Neoenergia.
O
executivo destaca que, um dos diferenciais do setor de P&D da Neoenergia
está no compromisso em desenvolver equipamentos e aplicativos com tecnologias
que efetivamente vão ao mercado e possam ser utilizados tanto pelas
concessionárias da Neoenergia como também por outras companhias brasileiras. “Muitas
vezes não se encontra um produto similar no mercado, especialmente feito por
fabricantes locais, então o nosso investimento representa uma iniciativa
disruptiva que reflete também na sustentabilidade financeira”, relata.
Ele
cita o exemplo do sensor inteligente, criado em 2017 dentro do projeto
estruturante de P&D para melhoria da eficiência operacional da rede. Até
então, não existia no mercado de energia elétrica uma solução com esse perfil.
Hoje, já são mais de 12 mil sensores utilizados nas distribuidoras do Brasil
como resultado do pioneirismo da Neoenergia. Nas concessionárias de atuação da
companhia - Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern (RN) e Elektro (SP/MS) - o número
chega a quase 5 mil unidades instaladas.
“O
sensor faz a gestão do balanço energético de cada segmento de rede, indicando
quais locais podem ser melhorados, tanto do ponto de vista de redução de perda
técnica quanto de perda comercial, motivada por desvios ou fraudes”,
explica Brito. De forma semelhante, o projeto estruturante de P&D
aperfeiçoa, no momento, equipamentos de qualimetria. A inovação funciona como
um sensor adicional cuja finalidade é aumentar a precisão do local onde a rede
precisa de reparo. Com isso, melhora a qualidade do fornecimento e do produto
entregue ao cliente.
Atualmente,
o sensor de qualimetria está em fase de testes na Coelba, assim como o
concentrador de comunicação, equipamento voltado a acessar as informações dos
diversos dispositivos existentes na rede e escolher o melhor canal de
comunicação para transportar os dados para o Centro de Operação. “O objetivo
é aperfeiçoar ambas tecnologias para que elas possam se expandir para as demais
distribuidoras da Neoenergia, assim como serem disponibilizadas de forma
comercial no mercado de energia elétrico brasileiro”, afirma o gerente
de P&D da companhia.
O
projeto estruturante de P&D realizado pela Neoenergia é composto de vários
módulos. Iniciado em 2016, passa por diversas etapas de aperfeiçoamento, como
todo ciclo de inovação. A iniciativa contempla ainda o desenvolvimento de
aplicativos computacionais integrados aos dispositivos. Com isso, pode-se acessar
e gerir os dados fornecidos pelos equipamentos instalados nas redes de
distribuição. “A tecnologia da informação transforma os dados brutos em
material para tomada de decisão, sempre com a finalidade de melhorar a
eficiência operacional”, conclui Brito.

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