B1, TE, TUSD, bandeira
vermelha? Se você já olhou atentamente a sua conta de luz, percebeu essas
siglas e informações. Mas você sabe o que elas significam?
Compreender todos os detalhes da sua conta de luz é muito
importante, para saber, entre outras informações, como está o seu
consumo e quais são os impostos que você paga. Por isso, preparamos esse
material detalhado explicando cada item da sua conta de energia. Ao
receber sua conta, observe os pontos a seguir:
Classificação
Se você está com a fatura de casa em mãos,
provavelmente encontrará nela a indicação B1. Mas o que isso significa? É
a sua classificação como consumidor. A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) divide os clientes em dois grupos, de acordo com a
tensão com que recebem a energia (baixa, média ou alta), e isso muda o
valor da tarifa que cada um vai pagar:
- A. Grandes
indústrias e comércios: esses são os consumidores que recebem a energia
em média e alta tensão (acima de 2,3 kV) ou por sistema subterrâneo de
distribuição. A tarifa é definida em contrato, seguindo a necessidade de
cada um, a partir da demanda e do consumo. Os valores podem mudar de
acordo com o horário.
- B. Residencial, rural, iluminação
pública e pequenas indústrias e comércios: antes de ligar os
eletrodomésticos, você sabe se eles são de 110 V ou 220 V, não é? Em
casa, a energia chega em baixa tensão e a tarifa é a que tem o cálculo
mais simples, considerando apenas o consumo, na seguinte fórmula:
Valor cobrado (R$) = Consumo (kWh) x Tarifas
*Consumo (kWh) = Potência (W) x horas por dia x 30 dia
1000
*Considerando a potência de cada equipamento e horas de uso por dia.
É
por isso que é tão fácil saber qual foi o impacto do uso de um aparelho
específico na sua conta. Vamos dar um exemplo: se você usa o
ar-condicionado por cinco horas por dia durante todo o mês e ele tem uma
potência de 950 W, seu gasto mensal só com esse aparelho será de
aproximadamente R$ 81,79, considerando uma tarifa de R$ 0,574 por kWh* –
esse preço é definido pela Aneel e muda de acordo com a área de
concessão, isto é, você paga segundo o município onde vive.
Fazendo essa conta simples, você poderá economizar mais energia!
*Todos os exemplos dados devem ser ajustados conforme a realidade tarifária de cada distribuidora.
Tarifas da conta de luz
TUSD
É
a sigla para Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição. É a parte da
conta que você paga pelo uso dos sistemas que levam a energia até a sua
casa. O valor que aparece na tabela é o resultado da multiplicação dos
números que estão indicados nas colunas de consumo e preço.
TE
Essa
é a Tarifa de Energia, ou seja, o valor da energia consumida na sua
casa durante o mês. Para saber qual é o período de referência, basta
olhar, na parte superior da conta, quando foi feita a leitura.
Para
chegar ao valor final da sua conta, elas podem ser somadas a outros
valores, como a contribuição para a iluminação pública cobrada pelos
municípios. Essa taxa não fica com a concessionária de energia e vai
diretamente para as prefeituras, que devem usá-la para custear a
iluminação de ruas, avenidas, praças, entre outros lugares públicos. O
valor muda de acordo com as leis da cidade onde você vive e a quantidade
de energia consumida na sua casa. Essa cobrança é prevista na
Constituição Federal.
Quais são os impostos pagos na conta de luz?

A diferença entre impostos e encargos
Encargos
são os valores embutidos na tarifa que serão destinados a órgãos ou
iniciativas que promovem o desenvolvimento do setor elétrico. Um exemplo
é a contribuição para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE),
criada para custear descontos a classes de baixa renda e rurais e
fomentar ações como a universalização do acesso à energia.
Impostos
são os tributos pagos aos governos. O ICMS é estadual e, na média
brasileira, ele equivale a cerca de 22,5% a 27% do valor da tarifa – ou
seja, não considera outras contribuições, como a de iluminação pública.
Há, além dele, os federais: PIS (1,06%) e Cofins (4,99%), que devem ser
destinados ao trabalhador e a programas sociais.
A sua conta já traz o valor que é destinado aos impostos.
Composição do consumo da conta de luz
Você
sabia que menos de 22% do valor da tarifa fica com a distribuidora de
energia para pagar investimentos em melhorias das redes e colaboradores?
A maior parte dos recursos é destinada a geração de energia, a outra
parte é direcionada para perdas, encargos e impostos e o restante para
transmissão.
Você pode conferir os valores todo mês na sua conta
Acompanhe o seu consumo e economize energia
Já
vimos que o preço da energia é determinado pela Aneel, mas o valor que
você vai pagar depende do seu consumo. Acompanhe todo mês as variações
na sua conta e adote melhores hábitos para economizar, como:
- Trocar as lâmpadas de casa por modelos de LED;
- Usar eletrodomésticos de modelos mais eficientes, que têm o Selo Procel
ou a classificação A do Inmetro, marcada na etiqueta;
- Reduzir o uso de aparelhos que consomem muita energia sempre que possível, incluindo ar-condicionado e chuveiro elétrico.
Bandeiras tarifárias
Quando
receber a conta, observe sempre a área de informações importantes. É
nesse espaço que estão as comunicações da distribuidora e um fator
essencial para definir o valor final que você vai pagar: a bandeira
tarifária vigente. Esse sistema foi criado pela Aneel em 2015, para
sinalizar como está o custo de geração da energia, e informa se haverá
ou não acréscimos.
Mas por que esse aumento existe? A maior
parte da energia no país vem de hidrelétricas. Em períodos de seca, o
nível de água dos reservatórios das usinas cai e é necessário acionar
outras fontes de produção, como as térmicas, que têm um custo maior.
Veja o que significa cada bandeira:
Verde: não há aumento
Amarela: acréscimo de R$ 0,01343 para cada kWh consumido
Vermelha: está dividida em dois patamares, o primeiro com aumento de R$ 0,04169 para cada kWh consumido e o outro de R$ 0,06243
Preta: escassez hídrica, custo de energia muito mais caro
Indicadores de qualidade
A
qualidade no fornecimento da energia que chega até a sua casa é muito
importante para a Neoenergia. Isso é demonstrado nos indicadores que
aparecem na sua conta, que representam a duração (DIC) e a frequência
(FIC) de interrupções de energia. Essas quedas são muitas vezes causadas
por fatores externos, como acidentes de trânsito e galhos de árvores
que atingem as redes elétricas.
A Aneel estabelece limites para a
duração e a frequência em que isso ocorre. Nos últimos anos, todas as
nossas distribuidoras têm indicadores melhores do que os determinados
pelo órgão regulador.