O Natal é um dos feriados mais importantes do cristianismo. Comemorado no dia 25 de dezembro, simboliza para muitos o fechamento e o início de ciclos. A data é marcada pela reunião de familiares e amigos, para comemorar juntos com uma ceia e ornamentações típicas, desde a sua véspera, na noite de 24 de dezembro.
Qual é a origem do Natal e o que ele significa?
O Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo, fato que aconteceu em Belém, na Palestina (Oriente Médio), no ano 1 d.C (depois de Cristo). Acredita-se que a comemoração tenha sido criada pela Igreja Católica, nos tempos do Império Romano, como forma de enfraquecer outras festividades pagãs. Na data, antes do século III, era celebrado o nascimento do Deus Sol, no solstício de inverno do hemisfério norte.
A primeira menção que se sabe sobre a data de 25 de dezembro surgiu no Cronógrafo de 354, um calendário produzido pelo calígrafo Fúrio Filócalo. Alguns historiadores relatam que a oficialização do dia tenha ocorrido por influência de uma decisão tomada pelo Papa Júlio I, poucos anos antes.
Independente dos debates acerca da sua comemoração, o Natal é hoje enxergado como um momento de festa, que passa a mensagem de amor ao próximo e de união.
Diferenças das festas natalinas no Brasil e ao redor do mundo
Os católicos e protestantes (cristão ocidentais) comemoram o Natal no dia 25 de dezembro, mas as igrejas cristãs orientais, como a ortodoxa e a copta, escolheram o dia 7 de janeiro para celebrar o nascimento de Jesus. A diferença é explicada pelo calendário distinto. Enquanto no ocidente é usado o anuário gregoriano (criado no século XVI pelo papa Gregório XIII), no oriente predomina o calendário juliano, fundado por Júlio César no século I a.C (antes de Cristo).
Apesar do costume cristão de relembrar o nascimento de Jesus Cristo, da árvore até o que é servido na ceia de Natal, muitos aspectos mudam na tradição natalina em diversos países. No Brasil, o prato principal é o peru assado, geralmente acompanhado por arroz com castanha e farofa e, de sobremesa, o tradicional panetone. Na França, se come patê de trufas e frutos do mar e o doce tradicional é o bûche de Nöel, um rocambole com chocolate e nozes em formato de tronco de árvore, representando uma antiga tradição. No México servem bolinhos e tortilhas. Já os portugueses apreciam o bacalhau, assim como na Páscoa, e os espanhóis têm como tradição a Rosca dos Reis Magos, que vem com brinquedo escondido na massa.
A árvore de Natal brasileira é um pinheiro artificial, na cor verde ou branca (simbolizando a neve), com enfeites vermelhos e dourados. Na Índia, as árvores utilizadas são bananeiras, mangueiras ou bambus, muito comuns no país. Na China, o costume é decorar as árvores com lanternas de papel. Nos Estados Unidos, em 1882, surgiu a prática de colocar luzes na árvore de Natal, por ideia de Edward Johnson, assistente de Thomas Edison (inventor da lâmpada elétrica incandescente).
A troca de presentes, no Brasil, acontece pela brincadeira de amigo secreto (ou “amigo oculto”), onde cada participante sorteia, anteriormente à data, uma outra pessoa do grupo e presenteia sem a pessoa saber que foi sorteada. Os pacotes ficam embaixo da árvore até o momento da dinâmica. No caso das crianças, são simulados à meia-noite a busca de presentes deixados por Papai Noel em algum lugar da casa. Na Espanha e na Itália, os presentes embaixo da árvore são abertos apenas no dia 6 de janeiro, no Dia de Reis. Na Itália a simulação de presentes para as crianças não é feita por Papai Noel e sim pela “Velha Befana”. Na Islândia, o costume recente é presentear com livros na noite de Natal, prática incentivada após a Segunda Guerra Mundial, quando o país teve suas importações restringidas. Nos Estados Unidos, os presentes são abertos apenas no dia 25 de dezembro.
Curiosidades sobre a festa de Natal no mundo:
