Por Mario Ruiz-Tagle*
A pandemia nos trouxe muitas
lições, acelerando processos de mudança e inovação, tanto de tecnologias quanto
em relação à sociedade. Precisamos reforçar o entendimento de que as
empresas devem ter um compromisso social
além do core business. A partir de iniciativas em prol da sociedade,
como a geração de empregos de qualidade, investimentos robustos,
desenvolvimento econômico e sustentável, fomento à diversidade e
responsabilidade social, além de diversas outras ações relevantes para o País e
o mundo, podemos nos posicionar como protagonistas da transformação social. É o
que cultivamos, por exemplo, na Neoenergia, onde somos mais de 38 mil
colaboradores diretos entre próprios e terceiros e mais de 100 mil indiretos em
todo o território nacional. O compromisso com nossos mais de 15 milhões de
clientes, sociedade e acionistas são traduzidos não apenas em nossos negócios,
mas também por meio de ações sociais e boas práticas cultivadas ao longo de
nossa trajetória.
Temos um arrojado plano de
investimento para os próximos anos. Somente em 2021 vamos investir
aproximadamente R$ 10 bilhões em expansão das nossas redes, na qualidade de
serviço, em novas linhas de transmissão e na construção de parque eólicos e
fotovoltaicos. Nesse contexto, a diversidade é um dos caminhos mais importantes
e, consequentemente, a inclusão, democratização, igualdade e equidade, são
nossas prioridades quando falamos em oportunidades. Os incentivos a esses temas
e ao respeito às diferenças estão pautados em nossas ações diárias, como o Programa de Diversidade que conduzimos, visando um ambiente de trabalho mais inclusivo,
diverso, propício ao empoderamento e de combate ao preconceito.
Além disso, como reforço ao
compromisso que firmamos com a Agenda 2030 da ONU, em especial os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, entre eles o ODS 5, que trata da Igualdade de Gênero, acabamos de
anunciar um programa de apoio ao esporte feminino inédito, exclusivo à Seleção Brasileira de
Futebol Feminino. Somos a primeira empresa a apoiar exclusivamente a seleção feminina e o Campeonato Brasileiro dessas atletas, que agora leva o nome de
“Brasileirão Feminino Neoenergia”.
Entendemos muito de redes
elétricas e de transmissão de energia, e agora passamos a traçar outra rede,
invisível, mas igualmente sólida, para unir todos os que contribuem no avanço
rumo à igualdade em um âmbito de tanto impacto quanto o esporte. Compartilhamos
com essas jogadoras os mesmos valores como esforço, superação, profissionalismo
e trabalho em equipe. Acreditamos na igualdade em todos os campos. Trata-se de
um direito primordial e um dos fundamentos essenciais para construir um mundo
mais justo e próspero para todos.
A iniciativa reflete o apoio e
promoção das transformações para avançar em direção ao ideal de sociedade que
buscamos, incentivando o empoderamento e a autonomia a todos os grupos. São
princípios que norteiam a companhia e a equidade entre homens e mulheres é
parte essencial do nosso caminho. A diversidade é estimulada e promovida entre
os colaboradores da Neoenergia. Hoje, 43% das nossas equipes corporativas são
compostas por mulheres e, na Diretoria Executiva, elas representam 44%.
Em um setor ainda
predominantemente representado por homens, nossas práticas de ESG representam o
que nos move para sermos cada dia melhores, como empresa e agentes
transformadores. Por meio do Instituto Neoenergia, conduzimos projetos como o Impactô Mulheres – que capacita líderes de ONGs em todo o Brasil,
possibilitando a continuidade de projetos e negócios de impacto, e o Prêmio Inspirar – reconhecimento focado em
iniciativas culturais e artísticas lideradas por mulheres em comunidades do Rio
de Janeiro e de Pernambuco. Nos estados das nossas distribuidoras, criamos a
Escola de Eletricistas, um estímulo à participação feminina com turmas
exclusivas para formar eletricistas mulheres, e tendo como desafio reduzir a
predominância masculina na profissão. O projeto foi reconhecido pelo WeEmpower,
programa da ONU Mulheres junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e
à União Europeia para estimular boas práticas das empresas. Sabemos que a
capacitação e a independência financeira são uma das principais formas de
empoderamento e, por isso, promover condições iguais no acesso ao mercado de
trabalho é essencial.
É importante ressaltar que essas
ações não visam apenas a criação de oportunidades momentâneas, mas sim a
consolidação de um princípio da companhia que busca ser cada vez mais diversa,
inclusiva, e capaz de atrair e reter os melhores talentos. Acreditamos em
processos seletivos mais inclusivos, na formação de líderes atentos à
diversidade, em ações para empoderamento e no combate ao preconceito.
Na Política de Igualdade de Oportunidades e Conciliação da Neoenergia não cabem discriminações por raça,
cor, idade, sexo, estado civil, ideologia, opiniões políticas, nacionalidade,
religião, orientação sexual ou qualquer outra condição pessoal, física ou
social entre os profissionais. Para construir essa cultura, é fundamental que a
companhia explore e discuta o tema com liberdade e propriedade entre os
colaboradores. O público interno é o nosso principal termômetro nesse processo.
Cabe às organizações informar, esclarecer, conscientizar e permitir que se
sintam à vontade para serem quem são, com liberdade e acolhimento.
Temos como dever abraçar as
diferenças, entender que contribuem para nossa evolução e que promover um
ambiente inclusivo e diverso beneficia todo o ecossistema corporativo. Gerar
oportunidades de forma inclusiva é, sem dúvida, o que queremos para o nosso
País. Na Neoenergia, posso afirmar que essa é uma das nossas prioridades, assim
como os investimentos expressivos para transição energética e crescimento da
energia limpa. Juntos somos capazes de transformar nosso meio e inspirar outros
agentes a contribuir ainda mais para alcançarmos o que o mundo anseia.
*Artigo escrito por Mario Ruiz-Tagle, CEO da Neoenergia
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