Movimento surgiu em 1990 e foi criado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, a fim de alertar e informar a população sobre o controle e tratamento do câncer de mama.
Outubro é o mês em que pessoas, instituições, ONGs, empresas e monumentos adotam a cor rosa como forma de dar força à campanha pela prevenção e conscientização sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama: o
Outubro Rosa.
Apesar das campanhas e da grande divulgação sobre o tema todos os anos, ainda existem muitas dúvidas e apreensão a respeito do câncer de mama - tipo mais comum ocorrido em mulheres brasileiras, segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Embora seja uma doença que requer um tratamento intenso, falar sobre o assunto pode ajudar a esclarecer os mitos e verdades e deixar as mulheres mais seguras, diminuindo o temor associado a ela. A boa notícia é que um em cada três casos pode ser curado se for descoberto logo no início. Por isso, é fundamental falar sobre o assunto com amigos e familiares, pois todos podem ajudar.
O que é e como surgiu o Outubro Rosa
O Outubro Rosa surgiu em 1990 e foi criado pela
Fundação Susan G. Komen for the Cure, buscando alertar e informar a população sobre o controle e tratamento do câncer de mama. O movimento ocorre anualmente e é aderido por diversos países ao redor do mundo, que realizam diferentes ações para espalhar informações importantes sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuir para a redução da mortalidade.
O primeiro ato relacionado ao Outubro Rosa no Brasil ocorreu em 2002, na cidade de São Paulo, quando o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (Obelisco do Ibirapuera) foi iluminado na cor rosa. O Cristo Redentor, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, também já apoiou à iniciativa.
No ano de 2010, o governo federal, por meio do INCA, passou a aderir à mobilização, promovendo eventos anuais com participação da sociedade civil. Atualmente, a campanha também ajuda a conscientizar sobre o câncer do colo do útero.
Como identificar o Câncer de Mama
O câncer de mama é causado pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Alguns tipos de tumor se desenvolvem rapidamente. Outros, lentamente. Mas, na maioria dos casos, há boa resposta ao tratamento, principalmente quando a doença é diagnosticada logo no início.
Segundo o INCA, a idade é um dos principais fatores de risco - cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. Vale lembrar que o diagnóstico precoce ainda é o maior aliado para que o tratamento seja eficaz. Quando identificado cedo pode ser logo tratado, impedindo que o tumor se espalhe. Por isso, a orientação é observar sempre as mamas, com o intuito de notar qualquer lesão na pele e início de sinais. Os principais sintomas podem ser consultados nosite do INCA.
Cancêr de Mama: prevenção e tratamento
Segundo o
Ministério da Saúde, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, como praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação balanceada, não estar acima do peso, evitar bebidas alcoólicas e amamentar.
Para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização da mamografia de rastreamento a cada dois anos. O exame ajuda a encontrar o tumor no início do desenvolvimento, permitindo tratamento menos agressivo e reduzindo a chance de mortalidade pela doença. Mulheres com risco elevado devem conversar com o médico para avaliar se devem realizar outros exames.
O tratamento da doença irá depender da fase em que se encontra e do tipo de tumor. O médico poderá indicar cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (imunoterapia). Em caso de metástase, quando o câncer se espalhou para outros órgãos do corpo, o tratamento é focado em prolongar e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Câncer de Mama em homens
Apesar de as mulheres terem mais chances de desenvolver câncer de mama, homens devem se manter atentos aos sinais da doença. Os casos são raros, cerca de 1% do total de diagnósticos segundo a
Sociedade Brasileira de Mastologia, mas eles também possuem glândulas mamárias e podem desenvolver a doença.
Os sintomas são os mesmos que acometem as mulheres. A recomendação padrão da Sociedade Brasileira de Mastologia também é a mesma das mulheres, após os 50 anos. Homens com parentes mulheres que tiveram câncer de ovário em algum momento da vida podem desenvolver predisposição maior para o surgimento de tumores na mama.
São dois problemas que exigem atenção quando se fala de câncer de mama em homens. O primeiro é a dificuldade no acompanhamento médico, já que o público masculino, em geral, não se consulta com mastologistas e, em geral, não faz mamografia de rotina. Outro ponto de atenção é o fator psicológico, já que a doença, predominantemente feminina, se torna um tabu.