Esporte que mobiliza multidões, o futebol provoca grandes aglomerações nos estádios. Com consumo alto de energia, grandes gerações de CO2 e larga produção de lixo, iniciativas que buscam um futebol mais sustentável já são realidade no Brasil e no mundo.
Em
19 de julho é celebrado o
Dia Nacional do Futebol. A data foi escolhida pela Confederação Brasileira de Desportos (CBF) em 1976, em homenagem ao time mais antigo do país em atividade, o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul, fundado em 19 de julho de 1900.
Pioneiro do futebol brasileiro, o Rio Grande tem as cores da bandeira do Rio Grande do Sul. O título de "1º clube de futebol do Brasil" pode gerar discussões. Principalmente porque outros times foram fundados antes (como o São Paulo Athletic Club, o Mackenzie e o Germânia), mas todos estão extintos. Existem outros, como o Flamengo, que foram fundados antes, mas só passaram a ter um time de futebol depois de 1900. O único que surgiu no mesmo ano do Rio Grande foi a Ponte Preta, mas 23 dias depois, em 11 de agosto.
BRASIL: A HISTÓRIA DO FUTEBOL
Antes de o futebol ser introduzido oficialmente por Charles Miller no Brasil, em 1894, o Club Brasileiro de Cricket já praticava o esporte em 1880.
A primeira partida de futebol no Brasil aconteceu no dia 1º de agosto de 1901 e foi realizada em Niterói. A disputa, entre uma equipe brasileira e outra inglesa, terminou em 1x1.
Com a profissionalização do futebol, foram criados os clubes que hoje são considerados os "gigantes do futebol brasileiro", como o Fluminense (1902), Grêmio (1903), Internacional (1909), Corinthians (1910) e Palestra Itália (1914), atual Palmeiras. Alguns clubes de remo, esporte popular na época, criaram departamentos de futebol, como é o caso de times como o Botafogo (1904), Flamengo (1911), e Vasco da Gama (1915).
O Brasil é conhecido como o país do futebol e é a seleção com mais títulos mundiais. Além disso, é a terra do "Rei do Futebol", o Pelé, e da “Rainha do Futebol", Marta, eleita cinco vezes melhor jogadora do mundo. Além de muitos ídolos como Garrincha, Romário, Ronaldo, Cristiane e Formiga.
QUANTO CO2 É GERADO EM GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS?
Esporte que mobiliza multidões, o futebol provoca grandes aglomerações nos estádios. Com consumo alto de energia, grandes gerações de CO2 e larga produção de lixo, iniciativas que buscam um futebol sustentável já são realidade no Brasil e no mundo.
A energia elétrica é um dos fatores indispensáveis para a prática. Isso porque, mais do que a iluminação da partida, que demanda gigantescos refletores, a energia elétrica do estádio também permite a preparação dos jogadores, o tráfego seguro de torcedores, o trabalho de equipes de
match day, comércio e muito mais. No Maracanã, principal estádio do Brasil, o consumo de energia em um mês chega a custar 1 milhão de reais.
Para muitas empresas que administram os estádios, o maior motivo dos gastos são os refletores. Isso porque, além de consumirem muita energia, nem sempre são instalados os equipamentos mais econômicos. Nesse sentido, há um esforço para que os estádios façam a mudança de seus sistemas de iluminação para os modelos de LED, que consomem menos energia.
Além da energia elétrica, o futebol também gera muito CO2 indiretamente. É o caso do setor de transportes, por exemplo. Na Copa do Mundo de 2006, estima-se um gasto de 2,1 milhões de toneladas de CO2 no deslocamento de torcedores.
Outro grande gerador de CO2 indireto são as obras em estádios. Para a Copa do Mundo de 2014, apenas as reformas e construções de estádios gastaram aproximadamente 573 mil toneladas de CO2.
Contribuição das emissões de CO2e, por estádio, no Brasil 2014 |
Cidade | Estádio/Arena | Capacidade (pessoas) | Área (m²) | Tipo de Construção | Emissões (tCO2e) |
Belo Horizonte | Estádio do Mineirão | 64.000 | 209.000 | Reforma | 60.610 |
Brasília | Estádio Nacional | 71.400 | 214.000 | Novo | 62.060 |
Cuiabá | Arena Pantanal | 43.136 | 101.400 | Novo | 29.406 |
Curitiba | Arena da Baixada | 42.000 | 124.000 | Reforma | 35.960 |
Fortaleza | Estádio Castelão | 63.903 | 162.000 | Reforma | 46.980 |
Manaus | Arena da Amazônia | 44.000 | 170.000 | Novo | 49.300 |
Natal | Arena das Dunas | 42.623 | 120.000 | Novo | 34.800 |
Porto Alegre | Estádio Beira-Rio | 52.000 | 171.082 | Reforma | 49.614 |
Recife | Arena Pernambuco | 46.160 | 129.000 | Novo | 37.410 |
Rio de Janeiro | Estádio do Maracanã | 79.000 | 203.463 | Reforma | 59.004 |
Salvador | Arena Fonte Nova | 52.048 | 176.500 | Novo | 51.185 |
São Paulo | Arena de Itaquera | 65.807 | 198.000 | Novo | 57.420 |
Total | 12 Arenas / 12 Cidades | 666.077 | 1.978.445 | 5 Reformas 7 Novos | 573.749 |
Média | - | 55.506 | 164.87 | - | 47,8
|
Fonte: CO2Zero (2012) e Tóffano (2013)
ESTÁDIOS SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
A Copa do Mundo de 2014 no Brasil foi um espetáculo de sucesso, desde a mistura de culturas às partidas inesquecíveis. Para o evento, foram feitos estádios com estruturas modernas e, em muitos casos, sustentáveis.
São exemplos de estádios brasileiros sustentáveis que atualmente geram sua própria energia: a Arena Pernambuco (PE), o Maracanã (RJ), o Mineirão (MG) e a Arena Pituaçu (BA). Mesmo não estando entre os estádios da Copa do Mundo, o Estádio de Pituaçu foi pioneiro na América Latina em aderir à energia elétrica fotovoltaica.
Localizado em Salvador e com capacidade para 32 mil pessoas, o estádio começou a gerar energia em 2012, com o projeto
Pituaçu Solar. Atualmente, a usina conta com 2.302 módulos fotovoltaicos e gera cerca de 630 MWH /Ano, garantindo autossuficiência elétrica para o estádio.
O projeto foi realizado pela
Coelba, por meio do
Programa de Eficiência Energética, aprovado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em parceria com o governo do Estado da Bahia. A usina fotovoltaica de Pituaçu foi a primeira a usar esta tecnologia para instalações deste porte no Brasil.
A
Coelba foi responsável também pela instalação dos novos projetores do estádio de Pituaçu que geram uma economia de 33 MWH/ Ano. Mais modernos e eficientes, os projetores são dotados de design mais apropriados à aplicação em estádios abertos, com ótica de precisão e alta tecnologia, os 112 projetores de vapor metálico 2000 WATTS oferecem maior luminosidade e são mais eficientes do que os 192 projetores anteriormente instalados.
CORREDOR VERDE: POR UMA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
Em 2020, a Neoenergia inaugurou o primeiro
corredor de mobilidade elétrica do Nordeste, que será o maior do Brasil quando concluído. Irá conectar as capitais Salvador (BA) e Natal (RN), passando pelas cidades de Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB). O projeto terá mais de 1.100 quilômetros de extensão e uma estrutura que contará com 18 pontos de abastecimento ao longo das vias que ligam os estados e em áreas urbanas.
"O Corredor Verde da Neoenergia é uma iniciativa inovadora de estímulo à sustentabilidade. O projeto oferece à sociedade uma alternativa possível para contribuir com o combate às mudanças climáticas. Incentivar a mobilidade elétrica significa reduzir a emissão de gases de efeito estufa por meio da descarbonização da frota de veículos", declara o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Neoenergia, José Brito.
O nordeste possui a maior quantidade de times inscritos nas divisões do Campeonato Brasileiro Masculino. Com 38 times, a região concentra 29,6% dos participantes das séries A, B, C e D. Muitos desses clubes fazem suas viagens de ônibus. No futebol feminino, 12 clubes nordestinos disputam as séries A-1 e A-2. O corredor também serve aos torcedores que se deslocam para ir aos estádios, contando com pontos de recarga rápida em shoppings e postos.
Conheça outras iniciativas da Neoenergia em Mobilidade Sustentável.
#IGUALDADEEMTODOSOSCAMPOS
A Neoenergia é a
primeira empresa no país a patrocinar exclusivamente a seleção feminina. Além de patrocinadora oficial das Seleções Brasileiras Femininas de futebol, a Neoenergia também patrocina o Brasileirão Feminino Neoenergia.
“O apoio da Neoenergia ao esporte feminino reforça o compromisso da companhia em ampliar a participação da mulher no contexto social e profissional, promovendo a equidade de gênero. Acreditamos na igualdade em todos os campos e compartilhamos com essas jogadoras os mesmos valores como esforço, superação, profissionalismo e trabalho em equipe", afirma Mario Ruiz-Tagle, CEO da Neoenergia.
Nos termos do acordo, está prevista a instalação de placas solares na Granja Comary, centro de treinamento das seleções no Rio de Janeiro. A empresa de energia acompanhará as seleções brasileira femininas, adulta e de base, em importantes momentos como a reta final para a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a Copa América 2022, os Campeonatos Sul-Americanos de Base, a Copa do Mundo Feminina 2023 e os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
IBERDROLA E A PRIMEIRA SELEÇÃO SUSTENTÁVEL
A
Iberdrola e a Federação Real Espanhola de Futebol firmaram uma parceria para promover a primeira cidade do futebol sustentável nas instalações de concentração das seleções espanholas de futebol na localidade de Las Rozas, em Madrid. O complexo esportivo contará com sistema de autoconsumo integrado por 110 placas solares que iluminará os jogos das seleções com energia renovável.
A Iberdrola também instalará 20 pontos de recarga para veículos elétricos com o objetivo de incentivar a mobilidade sustentável entre atletas e torcedores.
A Neonergia e o Grupo Iberdrola desenvolvem um projeto que impulsiona a participação das mulheres no esporte, e que, atualmente, conta com mais de 330 mil atletas subsidiados pela marca. A Iberdrola patrocina a seleção nacional feminina e a primeira divisão do futebol feminino, que passou a se chamar Liga Iberdrola e atualmente é a Primeira Iberdrola, além de outras 15 federações espanholas em outras modalidades.
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