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Energia produzida nos parques da Neoenergia será capaz de abastecer um país como Portugal

28/09/20

 

A temporada “dos ventos altos” no Nordeste brasileiro tem feito a produção de energia eólica bater picos recordes de produção inéditos em 2020. Somente na primeira semana de agosto, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou três recordes de geração média de energia na região oriundas dos parques eólicos.

O mais recente aconteceu no dia 6 de agosto, quando a força do vento chegou a produzir 9.049 MW médios. Essa capacidade seria suficiente para abastecer o equivalente a 94,4% da demanda elétrica dos nove estados nordestinos, por exemplo. Os outros desempenhos excepcionais foram registrados no dia 5, com a geração de energia eólica média de 8.854 MWmed, e no dia 2, de 8.780 MWmed. Ao alcançar picos de geração eólica, os estados da região passam a depender menos de outras fontes de energia, como a hídrica e a térmica, se tornando autossuficientes.

A Neoenergia responde por cerca de 5% da geração de energia eólica no Nordeste com 44 parques, sendo 17 em operação nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia e Paraíba com capacidade instalada de 516 MW (suficiente para abastecer mais de 1,1 milhão de residências) e outros 27 em construção no Piauí, Paraíba e Bahia.

“Até 2022, a nossa capacidade instalada de geração com a entrada em operação desses novos parques será de 1,5 GW, quantidade suficiente para atender o consumo de 10 milhões de pessoas – ou a população de um país como Portugal, por exemplo”, explica Diogo Mariga, Superintendente de Operação e Manutenção de Renováveis da Neoenergia.

O investimento em geração eólica está alinhado com o compromisso da Iberdrola, controlador da Neoenergia, em contribuir no combate às mudanças climáticas. As fontes renováveishidrelétrica e eólica – representam 86,8% da geração de energia na Neoenergia. Em 2022, esse valor deve chegar a 90%, superando o perfil brasileiro. Com isso, a empresa se alinha às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“O vento é uma fonte de energia limpa e renovável, que não emite poluentes em sua operação. Dessa forma, a temporada de ventos altos como a que estamos vivendo no Nordeste em 2020 potencializa os benefícios da energia eólica ao diminuir ainda mais a emissão de gases de efeito estufa”, lembra Mariga, que complementa: “em alguns momentos do ano, a geração eólica ultrapassa a carga demandada, a oferta vai além da demanda e a região passa a ser autossuficiente, chegando até a exportar o excedente da energia para outras localidades”.

PARA SABER MAIS

Por que venta tanto no Nordeste?

A radiação solar sobre a terra, a diferença de temperatura entre a linha do Equador e os trópicos, a temperatura das águas dos oceanos e o relevo das regiões estão entre os fatores que contribuem para o aumento da intensidade e da qualidade dos ventos que sopram sobre o Nordeste e que resultam no melhor aproveitamento da geração eólica.

Especificamente no Nordeste, a melhor qualidade dos ventos em termos de direção, velocidade e densidade ocorre influenciada também pelo fenômeno climático chamado El Niño. Ele é caracterizado pelas temperaturas mais quentes do oceano Pacífico Equatorial, o que gera uma melhora da geração eólica, já que, durante esses períodos, ocorre uma menor precipitação na região, favorecendo a produção de energia através dos ventos.

 

 

 

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