Iberdrola aumenta investimento para € 2,507 bilhões, 45% a mais, e atinge um lucro de € 1,082 bilhão (+12%)
12/05/2021
12/05/21
Companhia mantém sua consolidação como motor-chave da recuperação econômica e da criação de empregos, com 6 mil contratações ao seu quadro de pessoal no mundo nos últimos 12 meses
A Iberdrola manteve sua estratégia em 2021, reafirmando seu papel como motor da reativação da economia e da criação de empregos nos países onde está presente. No primeiro trimestre do exercício, o Grupo incrementou seus investimentos - recorde histórico - até € 2,507 bilhões (+45%). Este esforço investidor focou nos Negócios de Redes (50% do total) e Renováveis (42%). Por países, os Estados Unidos (€ 725 milhões), Brasil (€ 698 milhões) e Espanha (€ 546,5 milhões) concentram cerca do 80% do investimento. O resto se completa com outros mercados europeus, com o Reino Unido e a Austrália.
A companhia conta em seu corpo de acionistas com centenas de milhares de pequenos acionistas, cuja grande maioria reside na Espanha. A companhia registrou mais dividendo,a solidez do Grupo permite propor à Assembleia Geral de Acionistas um dividendo complementar de € 0,252/ação, que completará uma remuneração ao acionista imputável a 2020 de € 0,42 brutos/ação, e reafirma guias para 2021, com aumento do lucro líquido até € 3,7 ou € 3,8 bilhões e a remuneração aos acionistas imputável a este exercício, que subirá até € 0,44 brutos/ação.
Este recorde investido esteve acompanhado por um bom comportamento operacional: o EBITDA informado cresceu 2%, chegando a € 2,814 bilhões, incluindo o impacto da COVID-19 (€ -65 milhões) e da taxa de câmbio (€ -231 milhões). Excluindo estes efeitos, a Iberdrola alcançou no primeiro trimestre do exercício um EBITDA de € 3,110 bilhões,12,2% a mais. Em março, 81% do EBITDA do Grupo provinha de países com 'rating' A.
O lucro líquido ajustado - sem considerar o impacto extraordinário do desinvestimento da Siemens Gamesa realizado no primeiro trimestre de 2020 - aumentou 12%, com cerca de € 1,082 bilhão. O lucro líquido informado situou-se em € 1,025 bilhão.
“A aceleração dos investimentos nos permite crescer em um ritmo superior ao inicialmente previsto: na Espanha, por exemplo, onde estamos criando mais de 30 mil novos empregos em nossos fornecedores. A Iberdrola está utilizando toda sua força financeira e liderança ao serviço da recuperação econômica dos países onde está presente", afirma Ignacio Galán, presidente da Iberdrola.
A Companhia registrou 6 mil novas contratações ao quadro de pessoal nos últimos 12 meses, das quais 2,5 mil ocorreram no primeiro trimestre do exercício. A atividade da Companhia está permitindo a criação de 100 mil empregos em sua cadeia de valor em termos globais.
A base do crescimento: mais investimentos em energias renováveis, redes e armazenamento
Os investimentos em energias renováveis cresceram 29%, até € 1,0474 bilhão e representaram 42% do total. No primeiro trimestre, a Iberdrola manteve em construção 8.700 novos MW verdes: 4.600 MW eólicos (2.600 MW offshore e o resto onshore), 2.800 MW fotovoltaicos, 1.160 MW hidrelétricos e 150 MW em baterias. Por áreas, um terço se desenvolve nos Estados Unidos, outro na Espanha e no Brasil e outro em países europeus como Portugal, França e Alemanha, além da Austrália.
No encerramento do trimestre, a carteira da Iberdrola chega a 78.000 MW e, destes, 18.700 MW estão em construção e cobrem 100% da capacidade instalada prevista até 2022 e 75% da estimada até 2025, que alcançará 60.000 MW renováveis instalados. Somente na Espanha, a companhia possui direitos de conexão para 15.000 MW e terrenos para uma capacidade equivalente. A notável expansão da carteira em energia eólica offshore nos últimos 12 meses - 20.000 MW no encerramento do trimestre -, assentada em novas plataformas de crescimento com um grande potencial (é o caso do Japão, Polônia, Suécia e Irlanda), permitirá que o Grupo atinja 12.000 MW operacionais em 2030.
A metade dos investimentos do Grupo foi destinada à área de Redes durante o período e alcançaram € 1,261 bilhão, depois de crescer 65%, em consonância com a estratégia do Grupo de aumentar e reforçar uma infraestrutura-chave para a transição energética e a eletrificação da economia.
A metade do esforço investido, € 609 milhões, destinou-se ao Brasil, que reforçou sua presença no país com a aquisição da distribuidora de Brasília Neoenergia Distribuição Brasil (antes CEB-D) por € 403 milhões. E quase 30% foi destinado aos Estados Unidos, que já começou a construção da linha NECEC, que permitirá transportar energia renovável desde o Canadá, e onde o processo de aquisição da PNM Resources avança mais rápido do que o previsto. Os 20% restantes se distribuem entre o Reino Unido e a Espanha. Neste último mercado, apresentou-se um plano de investimentos até 2025 de mais de € 4,3 bilhões com o objetivo de contribuir para a consecução dos objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima (PNIEC), o que significa um aumento de 80% com relação aos investimentos atuais.
As energias renováveis e a área de Redes impulsionam o resultado operacional
O EBITDA foi reforçado pelas atividades das áreas de Redes e Renováveis, que proporcionam 80% dos € 2,814 bilhões, enquanto o Negócio de Geração e Clientes é afetado negativamente pelos altos preços energéticos e pelos impactos meteorológicos adversos da tempestade Filomena (Espanha) e do México. Por mercados, os resultados operacionais são planos na Espanha. Apesar disso, os investimentos no país aumentam 50%, aproximadamente € 530 milhões, sendo compensados pelo crescimento nos EUA, Reino Unido e Brasil.
O Negócio de Redes, regulado, aumentou seu EBITDA em 4,3%, cerca de € 1,3126 bilhão, e obtém uma evolução positiva em todos os mercados onde está presente, exceto no Reino Unido, afetado pela menor demanda derivada da COVID, embora este efeito se recupere a partir do exercício 2023. Por sua parte, a atividade da área de Renováveis gerou um EBITDA de € 932,1 milhões, após crescer 27,8%, ao registrar uma maior produção, incentivada pela nova capacidade instalada e por uma maior produtividade das instalações.
Como consequência desta matriz de geração, as emissões da Iberdrola na Europa se situaram em níveis mínimos históricos no primeiro trimestre: são de 28 gr CO2/kWh e uma décima parte das emissões de seus concorrentes europeus e americanos.
A companhia já não produz com carvão ou óleo combustível, realocando seu quadro de pessoal e criando empregos através dos investimentos. Desta forma, o Grupo evita riscos futuros associados ao descomissionamento ou riscos trabalhistas enquanto está posicionado para manter a liderança de seu ciclo investidor nas áreas de Renováveis e Redes: 90% de seu plano de longo prazo está alinhado com a Taxonomia verde definida pela União Europeia.
A Iberdrola intensificou durante o período sua estratégia de parcerias para acelerar a eletrificação da economia. Desta forma, chegou a um acordo para o investimento em energias renováveis com a Mapfre e pactuou com a empresa Total a participação na licitação de um novo projeto eólico offshore na Dinamarca. Com outra empresa energética - BP - analisará o desenvolvimento do maior projeto de hidrogênio verde no setor de refinamento na Espanha. A Iberdrola também fez parcerias estratégicas com a Volkswagen, a Mercedes, a Wallbox e a Renault para eletrificar a produção de veículos e promover a mobilidade sustentável e com empresas como Fertiberia, Diageo e Glenmorangie (estas últimas no Reino Unido) e Porcelanosa projeta soluções sustentáveis para suas indústrias, tomando como base a tecnologia do hidrogênio verde.
Solidez financeira e sustentável, mais remuneração para o acionista e confirmação de guias
Nos três primeiros meses do ano, a Iberdrola seguiu com a melhora de sua solidez financeira. O Grupo reduziu sua dívida em mais de € 1,3 bilhões, chegando a € 36,305 bilhões de euros, assim como seu custo, com 3,3%, depois de diminui-lo 12 pontos básicos. O cash flow cresceu 7%, alcançando em € 2,270 bilhões, e a liquidez a € 17 bilhões, suficiente para satisfazer as necessidades de 21 meses.
A Companhia reforçou sua posição de liderança em financiamento verde e sustentável, superando € 32 bilhões atualmente. Do mesmo modo, a empresa se manteve como o maior emissor privado de bônus verdes do mundo. Como referência, em abril, o Grupo subscreveu uma nova linha de crédito multidivisa e sustentável por € 2,5 bilhões, com condições pré-Covid, e lançou o maior programa de títulos sustentáveis para uma empresa espanhola por 5 bilhões de euros, ligado a indicadores ESG (ambiental, social e de governança).
Os resultados e a solidez financeira do Grupo sustentam a estratégia de remuneração crescente ao acionista da Iberdrola. O Conselho de Administração propôs à Assembleia Geral de Acionistas a distribuição de um dividendo complementar imputável a 2020 de € 0,252 brutos/ação. Assim sendo, completa uma remuneração total de € 0,42 brutos/ação, 5% a mais.
A evolução registrada por suas atividades e um contexto regulatório cada vez mais alinhado com a ação climática, permitem que a Iberdrola reafirme suas previsões para o encerramento do exercício 2021 com um lucro líquido entre € 3,7 e € 3,8 bilhões e um dividendo imputável ao exercício de cerca de € 0,44 brutos/ ação, a ser pago em 2022.