
Sistema desenvolvido pela Neoenergia reforça a segurança das operações em subestações
Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento permitirá, com pioneirismo, a criação de uma tecnologia nacional para medição da resistência de aterramento
As subestações são essenciais no sistema de fornecimento de energia elétrica por funcionarem como “elos”, permitindo a conexão das centrais geradoras de energia com as linhas de transmissão, que, por sua vez, farão ligação, também por intermédio de uma subestação, com as redes de distribuição. Dessa forma, a energia chega a todos os consumidores.
A construção e operação das subestações demanda conhecimento especializado e, por isso, a Neoenergia está ampliando suas tecnologias desenvolvendo um sistema para medição da resistência de aterramento em subestações, que reforça a segurança das operações ao possibilitar um diagnóstico mais preciso e seguro das condições de interligação dos equipamentos à malha de aterramento da subestação e, assim, gerar uma manutenção mais eficiente.
Aliado a isso, o projeto investe de forma pioneira no desenvolvimento de uma tecnologia nacional que permite a medição específica mesmo com a subestação ligada, algo que não é possível com os sistemas existentes no Brasil atualmente. A iniciativa é uma realização do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Neonergia, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e está na fase de aplicar melhorias ao produto.
Para entender melhor como funciona o instrumento que a Neoenergia está desenvolvendo, é preciso compreender qual a função do aterramento em subestações. Da mesma forma que as tomadas nas residências possuem um terceiro pino, que cumpre a função de fio terra para maior segurança no uso dos eletrônicos e eletrodomésticos, as subestações também contam com uma malha de aterramento composta por hastes e cabos. Essa malha recebe a corrente de energia elétrica da subestação em caso de alguma ocorrência, como curto-circuito nos equipamentos, evitando acidentes e interrupções no fornecimento de energia. Todos os equipamentos da subestação são interligados a essa malha de aterramento, e, pela quantidade de energia que passa por eles, é essencial que a malha esteja em boas condições para não afetar o funcionamento da subestação.
O que o sistema da Neoenergia faz é medir a resistência do aterramento. Caso a resistência esteja baixa, a malha está em boas condições de absorver a corrente elétrica, pois ela tem caminho livre para ser recebida. Já no caso de resistência alta, a equipe de manutenção precisa interferir e identificar o motivo da malha não atuar como deveria. Isso normalmente é feito com a subestação ligada, o que interfere nos equipamentos de medição e dá um diagnóstico impreciso sobre o estado da malha, ou é feito com produtos importados, que são caros e nem sempre acessíveis. “A inovação da Neoenergia é apropriada para uso em subestações energizadas, já que foi projetada para isso, oferecendo uma medição precisa, além de ter a vantagem de ser viável financeiramente, pois será de fabricação nacional”, afirma o gerente do projeto da Neoenergia, Rogério Sá.
Para que o sistema da Neoenergia possa atuar, o instrumento de medição é isolado e opera em uma frequência diferente da existente na subestação, para não sofrer interferência eletromagnética da rede. Aliado a isso, o instrumento é operado remotamente – seja através de um tablet ou celular. Para fazer a medição, é utilizada injeção de corrente, ou seja, a corrente de energia elétrica é enviada para a malha, onde existem alguns sensores que medem a tensão elétrica. A partir dos dados enviados pelos sensores, é possível fazer um cálculo preciso de resistência da malha.
Segurança e manutenção
Após um período, o aterramento sofre com a influência do solo e com o desgaste do tempo, o que pode comprometer a qualidade da malha. Por isso, é importante fazer a medição da resistência periodicamente para verificar se ela está em boas condições, para garantir o equilíbrio de todos os equipamentos interligados a ela. É nesse momento que entra em ação o papel da manutenção preventiva, ao fazer diagnósticos que permitem identificar o estado da malha e direcionar esforços para realizar as ações de reparo, como substituição de conectores e cabos. “Nesse ponto, é muito importante uma medição específica, pois isso representa investimentos mais assertivos e reduz custos de troca de equipamentos danificados, melhorando os indicadores da empresa e agregando em segurança”, destaca Rogério.
O projeto da Neoenergia vai ser incorporado às mais de 900 subestações que a companhia opera em todo o Brasil. A iniciativa já passou pela etapa de protótipo, quando o instrumento foi testado em várias subestações, e agora está na fase de melhorias, implementadas a partir do que foi observado durante os testes. A previsão de conclusão do projeto é ao final de 2023, quando o produto poderá ser disponibilizado para o mercado. “Estamos desenvolvendo algo nacionalmente que atende as necessidades do setor elétrico a um custo acessível, além de agregar mais funcionalidades e tecnologias em um movimento pioneiro”, conclui o gerente corporativo de Pesquisa e Desenvolvimento da Neoenergia, José Antônio Brito.
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