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intersetorialidade

Renata Chagas, diretora-presidente do Instituto Neoenergia, reforça a importância da intersetorialidade

10/12/21

Governar e construir políticas públicas de forma articulada entre diferentes setores é fundamental para a educação 

 

Por intersetorialidade, entende-se os mecanismos de gestão e integração de ações, saberes e esforços de diferentes setores da política pública, com o objetivo de construir objetos comuns de intervenção entre eles, para o enfrentamento mais articulado dos problemas sociais. Áreas como assistência social, educação e saúde, possuem dados que, se utilizados de maneira integrada, e com ações pensadas em conjunto, podem encontrar saídas e soluções coletivas a partir destas ações. A intersetorialidade fortalece e reúne conhecimentos, práticas e estruturas sociais e culturais entre diferentes setores, para que dialoguem e somem esforços na execução conjunta de ações que beneficiem o cidadão. 

Um exemplo disso é o Balcão de Ideias e Práticas Educativas, um programa desenvolvido em parceria entre o Instituto Neoenergia e o CIEDS — Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável. Por meio da sua frente de formação, capacita professores e gestores escolares com o objetivo de fortalecer a formação dos atores escolares das redes de municípios na Bahia, São Paulo, Rio Grande do Norte e Paraíba, estimulando a criação de novas práticas educativas, alinhadas às dez Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), inspirando conhecimento. 

Segundo Renata Chagas, diretora-presidente do Instituto, “vimos que a experiência do Balcão de Ideias é uma constatação da força da intersetorialidade, uma vez que problemas complexos necessitam de integração e articulação. Ou seja, precisam ser pensados e resolvidos por vários setores. E que a intersetorialidade está impregnada de uma dimensão democrática de participação das decisões de construção de políticas públicas”. 

Por meio da frente de assessoria, apoia o corpo gestor das redes municipais, visando minimizar os impactos causados pela covid-19, considerando o crescimento das desigualdades e defasagens de aprendizagem dos alunos. Dentre suas estratégias destaca-se o fomento às ações intersetoriais, estreitando os vínculos entre os setores públicos e maior aproximação com as famílias para a garantia do direito à educação, à saúde e à assistência. 

Ao longo de um processo colaborativo, que fomentou a maior articulação e integração entre os profissionais das redes, foram cocriadas e implementadas práticas educativas inovadoras. A intersetorialidade em rede está presente, envolvendo desde as famílias e professores, os profissionais das secretarias de educação e outros setores públicos. Um processo que se adaptou à realidade, como o lançamento da página “Educação e Covid-19” na plataforma https://www.cieds.org.br/balcaodeideias/, possibilitando que os profissionais da área da educação divulgassem seus conteúdos e iniciativas relacionadas ao contexto de pandemia. Os cursos presenciais tiveram sua versão em EAD considerando os desafios das redes educacionais, como dificuldade de acesso à internet e distância entre escolas e moradia dos alunos. Foram criados cursos assíncronos (que podem ser feitos a qualquer momento) com os tutores, que utilizaram diversas estratégias para apoiar os educadores no uso dos recursos nessa nova realidade. 

A pandemia de covid-19 exigiu o distanciamento social e escancarou a necessidade de aproximar os setores públicos entre si e eles e a população, para a garantia de direitos básicos como direito à educação e à saúde individual e coletiva. O desafio é articular à distância diferentes entes federativos, mas há boas práticas em andamento que comprovam serem efetivas. ​

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