Com o início da operação comercial, a Neoenergia finaliza a entrega de todos os projetos arrematados no leilão de abril de 2017 com antecipação significativa em relação aos prazos da Aneel 

Com um ano de antecipação em relação ao prazo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Neoenergia acaba de iniciar a operação comercial de uma nova subestação e dois trechos de linhas de transmissão que somam 169 quilômetros de extensão, em Mato Grosso do Sul. Os projetos fazem parte da última etapa do projeto Dourados, arrematado no lote 4 do leilão 005/2016, realizado pelo órgão regulador em abril de 2017. 

“Seguimos avançando com as nossas obras de transmissão, contribuindo com o reforço da confiabilidade e da segurança do setor elétrico. Iniciamos as entregas do projeto Dourados há um ano, energizando o primeiro trecho 25 meses antes do previsto pela Aneel e superando as expectativas do nosso plano de negócios. Isto reforça, mais uma vez, a capacidade da Neoenergia em executar seu plano estratégico e o seu compromisso com a taxa de retorno dos projetos”, afirma o diretor de Transmissão, Fabiano Uchoas. 

A nova subestação, Dourados 2 (230/138 kV), possui uma área efetiva de construção de 22 mil metros quadrados, contando com dois transformadores com potência de 150 MVA. Um dos trechos de linhas de transmissão entregues é o que vai da subestação Rio Brilhante até Dourados 2, com tensão em 230 kV e 290 torres. A outra linha é a Dourados-Dourados 2 (230 kV), com 120 torres instaladas. As subestações Rio Brilhante e Dourados passaram por obras de ampliação para receber as novas linhas de transmissão, também já concluídas. 

O lote de Dourados possui RAP (Receita Anual Permitida) anualizada de R$ 73,4 milhões. Os quatro primeiros trechos já estavam em operação comercial. O primeiro, com 147 quilômetros de extensão entre as subestações Nova Porto Primavera e Rio Brilhante, foi energizado em julho de 2020. Ainda no ano passado, foram entregues os trechos Rio Brilhante-Campo Grande (149 km) e Nova Porto Primavera-Ivinhema (65 km). No segundo trimestre de 2021, foi inaugurado o trecho Campo Grande 2-Imbirissu (52 km). 

O projeto gerou cerca de 829 empregos diretos no pico das obras. O lote contou ainda com o desafio da instalação de torres de transmissão dentro do Rio Paraná. Além disso, utilizou inovação em seus processos, como a solução adotada de forma pioneira pela Neoenergia e reconhecida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de utilizar estivas de madeira de eucalipto (não tratado) para acessar as torres, evitando o aterramento de áreas alagadas e, assim, contribuindo com a conservação da biodiversidade e da paisagem local. 

Entregas 

Com o início da operação comercial do último trecho do lote, a Neoenergia finaliza a entrega de todos os projetos arrematados no leilão de abril de 2017 com antecipação média de 15 meses em relação ao prazo da Aneel e saving de capex de 19,67% em relação ao estimado originalmente pelo regulador. 

Os empreendimentos que integram esse leilão são as subestações Atibaia (lote 20), em São Paulo; Biguaçu (lote 22), em Santa Catarina; e Sobral (lote 27), no Ceará. Todas possuem Compensador Estático de Reativos (SVC, na sigla em inglês), um moderno equipamento para reforçar a estabilidade e a confiabilidade do sistema. 

A Neoenergia possui oito projetos de transmissão em desenvolvimento e construção, nas cinco regiões do país. Arrematado no lote 6 do leilão de dezembro de 2017, Santa Luzia (PB) teve o primeiro trecho energizado no fim de junho, contemplando uma nova subestação e uma linha de 124 quilômetros de extensão, com tensão em 500 kV, o que possibilitou o início dos testes dos primeiros aerogeradores do Complexo Eólico Chafariz, um dos principais projetos da empresa no Brasil. A última etapa do empreendimento deve ser concluída ainda no segundo semestre de 2021, assim como o projeto Jalapão (TO, PI, BA e MA), arrematado no lote 4 do mesmo leilão e que será a maior linha do grupo em operação. ​