
Perspectivas para a energia renovável em 2025 e nos próximos anos: tendências, principais desafios e oportunidades
O avanço de inovações tecnológicas focadas no mercado de energia limpa, a necessidade de acelerar a descarbonização e a transição energética, são os temas centrais da pauta de energias renováveis no mundo inteiro para os próximos anos.
Com um mercado em plena expansão, o Brasil tem um papel essencial nesse cenário devido ao seu potencial energético e, em 2025, terá a oportunidade de reforçar suas ações por um mundo com mais sustentabilidade na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), principal evento global sobre mudanças climáticas, que terá a sua edição pela primeira vez no país.
As possibilidades para o setor são vastas, mas para que o futuro seja mais sustentável, será necessário enfrentar os desafios regulatórios, econômicos e sociais de cada país, promovendo um desenvolvimento equilibrado entre crescimento e preservação ambiental.
Tendências e inovações tecnológicas no setor de energias renováveis
O mercado de energias renováveis tem sido impulsionado por inovações que permitem uma produção mais eficiente e acessível nos últimos anos. Em 2025, umas das tecnologias que mais ganhou destaque foi o hidrogênio verde. Produzido através de fontes limpas, a solução tem grande potencial para substituir combustíveis fósseis em setores difíceis de descarbonizar — como o de transporte — e serve como matéria-prima para a síntese de outros produtos — como amônia verde, aço e metanol.
Além dele, ganha relevância também o desenvolvimento de baterias de alta capacidade de armazenamento de energia, que, integradas a redes inteligentes, possibilitam que a energia renovável seja distribuída de forma mais eficiente e armazenada para uso futuro, superando a intermitência das fontes solar e eólica. O avanço do Big data e da Inteligência Artificial (IA) também se destacam, permitindo a otimização da gestão das redes elétricas para predizer demandas e evitar desperdícios.
Transição energética: a necessidade da aceleração da descarbonização
A transição energética global já é uma realidade. Ela é o principal assunto dos debates sobre o futuro do setor de energia e a tendência é que o tema se intensifique, com implementação de políticas climáticas e de soluções sustentáveis.
Em um cenário de mudanças climáticas cada vez mais intensas, a descarbonização é uma prioridade para evitar os impactos das mudanças climáticas, principalmente em relação ao aquecimento global. O Brasil, com seu vasto potencial de fontes renováveis, é um protagonista natural nesse processo, mas a transição energética é um desafio de todos os países.
Para os próximos anos, a expectativa é de que a aceleração de regulamentações para setor, bem como políticas de subsídios e incentivos fiscais, seja uma prioridade para governos ao redor do mundo.
A transição não é apenas uma responsabilidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica, com criação de novos empregos e geração de inovação. Países que lideraram as soluções para descarbonização terão vantagens competitivas ao dominarem novas tecnologias.
O futuro do setor elétrico no Brasil e no mundo: principais desafios
O futuro do setor elétrico será moldado por mudanças na matriz energética global. Países que tradicionalmente dependem de fontes fósseis, terão que acelerar suas transições para fontes renováveis. A descentralização da geração de energia, com o aumento da geração distribuída, através de painéis solares em residências e pequenas empresas, será um ponto chave no futuro do setor elétrico.
A crescente participação das energias renováveis exigirá ainda mais investimentos em infraestrutura, como a modernização das redes elétricas, que precisam ser capazes de lidar com fontes de energia intermitentes. Em nível global, o modelo de redes inteligentes também se expandirá, promovendo uma melhor integração entre fontes de energia renováveis e sistemas de distribuição.
Brasil
No Brasil, o uso de energia solar nas áreas urbanas e rurais tende a se expandir ainda mais, contribuindo para a redução da dependência de grandes hidrelétricas e melhorando a segurança energética do país. Estudos realizados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam que a matriz energética brasileira poderá alcançar uma participação de até 50% de fontes renováveis até 2030. Atualmente, as hidrelétricas dominam a matriz, mas outras fontes, como a eólica, solar e biomassa, devem aumentar sua representatividade.
Para atingir essa meta, são realizadas iniciativas públicas, como o programa RenovaBio e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), e outras privadas, como as parcerias com grandes festivais — Rock in Rio, The Town e Lollapalooza — visando implementar soluções para descarbonização dos eventos musicais, realizadas pela Neoenergia.
América Latina
Na América Latina, segundo o relatório “10 coisas a serem observadas na América Latina em 2025”, realizado pela BloombergNEF, 2025 promete ser um marco para a transição energética na região. Além do aumento da produção local de carros elétricos, foram destacados no relatório, o primeiro projeto de Hidrogênio Verde, regulação do mercado de carbono (CO2), produção de lítio, leilões de energia e a realização da COP-30.
COP-30 potencializando os desafios e oportunidades para o Brasil
A COP-30, que ocorrerá no Brasil em 2025, em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro, será uma oportunidade única para o país reforçar seu papel de liderança no combate às mudanças climáticas e na promoção de energias renováveis, além de contribuir significativamente para a agenda global de descarbonização.
O evento também será importante para discutir os desafios enfrentados por países em desenvolvimento, para financiar a transição energética e garantir que a mudança para fontes renováveis seja inclusiva e justa. Além de firmar compromissos mais ambiciosos para a redução das emissões de carbono, o Brasil poderá fortalecer parcerias internacionais e atrair investimentos para o setor de energias renováveis.
Como uma das principais empresas locais de grande porte do setor, a Neoenergia tem como objetivo na COP-30 ajudar a potencializar o diálogo com governos, organizações e sociedade civil para impulsionar políticas públicas e iniciativas voltadas à descarbonização da economia.
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