VANTs
auxiliam no monitoramento de áreas de preservação em hidrelétricas controladas
pela Neoenergia e transmissores de telemetria fornecem dados sobre espécie
ameaçada de extinção
Atuando com
o compromisso de alcançar a perda líquida nula de biodiversidade a partir de
2030, a Neoenergia adota diversas tecnologias para a proteção do meio ambiente.
No entorno da usina hidrelétrica Baixo Iguaçu, localizada no Paraná, por exemplo,
transmissores de telemetria combinada contribuem para fornecer informações
sobre os hábitos nunca antes revelados de uma espécie de peixe ameaçada de
extinção na lista do estado. Os veículos aéreos não-tripulados (VANTs), os
drones, são uma ferramenta para o monitoramento de uso e ocupação das Áreas de
Preservação Permanente (APPs) em duas hidrelétricas controladas pelo grupo
(Corumbá III e Teles Pires).
Os
equipamentos possibilitam o acesso a imagens em alta resolução, que podem ser
trabalhadas por meio de ferramentas de fotogrametria, geoprocessamento e
sensoriamento remoto, dando mais agilidade e objetividade ao controle dessas
áreas. “Tecnologias como essa dão mais eficiência a um trabalho importante
para a preservação e a conservação dos ecossistemas nas nossas áreas de
atuação, melhorando nossos processos e auxiliando na melhoria dos projetos de
proteção ambiental”, afirma o superintendente de Operações e Engenharia
de Hidráulicas da Neoenergia, José Paulo Werberich.
As APPs
recebem projetos de recuperação e conservação, sendo a maior parte dessas áreas
de floresta em estágio avançado de conservação e as outras estão em fase de
recuperação, recomposição ou reflorestamento. As áreas de proteção das seis
usinas somam cerca de 30 mil hectares para a proteção dos principais biomas
brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia.
Proteção
da fauna
No entorno
das usinas, também são realizados estudos sobre fauna e atividades específicas
para monitoramento, prevenção, proteção, redução e mitigação de impactos sobre
espécies e habitats. Na região onde está instalada a usina Baixo Iguaçu, a
tecnologia de telemetria permitiu o monitoramento dos hábitos migratórios do
Surubim-do-Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), espécie é endêmica da
localidade que é considerada ameaçada de extinção na lista do Paraná. “Os
peixes foram capturados e tiveram inseridos transmissores de telemetria
combinada, que fornecem informações inéditas sobre a espécie, auxiliando na sua
preservação”, explica José Paulo Werberich.
Os projetos
permitem ainda a descoberta de novas espécies. Na hidrelétrica Teles Pires, o
Programa de Monitoramento de Primatas encontrou, após seis anos de pesquisa, o
sagui-de-Schneider (Mico schneideri). Essa iniciativa integra uma série de 44
programas e ações socioambientais realizados na região e já foi responsável por
identificar outras novas espécies, a exemplo do primata zogue-zogue
(Plecturocebus grovesi). Outra descoberta foi uma nova espécie de orquídea,
batizada de Catasetum telespirense, a partir dos estudos de monitoramento de
flora realizados às margens do Rio Teles Pires.
Política
de Biodiversidade
As ações
estão alinhadas ao compromisso da Neoenergia de alcançar a perda líquida nula
de biodiversidade a partir de 2030, anunciado em 2021. Além disso, desde 2019,
são desenvolvidos projetos-pilotos em métricas para buscar um balanço líquido
positivo em biodiversidade em novos empreendimentos de geração, transmissão e
distribuição de energia. A companhia atua com base em uma Política de Biodiversidade, que considera o tema parte integrante da estratégia de
negócios.
A companhia
aderiu ao Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade, documento
proposto pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (CEBDS), que prevê metas para a conservação e o uso responsável dos
recursos naturais. Com a ação, assume os objetivos de manter a biodiversidade
nos seus planos de negócios, monitorar a diversidade biológica nas áreas de
atuação e potencializar ações de conservação e recuperação nessas regiões. Na
decisão sobre novos empreendimentos há análise de alternativas de locacionais,
adotando-se como prioridade evitar áreas protegidas ou de alto valor para a
biodiversidade, assim como medidas preventivas e mitigadoras para que as atividades
não apresentem impactos significativos em habitats e espécies protegidas.
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