
Aparentemente
inofensivas, as pipas podem trazer muitos riscos se a brincadeira acontecer em
locais inadequados, principalmente, próximo às redes elétricas. Entre os meses
de janeiro e julho deste ano, esse tipo de diversão exigiu que as distribuidoras da Neoenergia – Coelba (BA),
Celpe (PE), Cosern (RN) e Elektro (SP e MS) – atuassem no restabelecimento de
energia de 1.127 ocorrências. O volume representa um aumento de 38,9%
interrupções, considerando todas as áreas de concessão do grupo, em relação ao
mesmo período de 2019, quando foram registradas quase 811 quedas no
serviço.
Quando
atingem as redes, as pipas podem danificar os fios, podendo rompê-los ou
comprometer o isolamento de alguns cabos. Outro problema é a possibilidade de
danificar equipamentos, como os transformadores, provocando curtos-circuitos e
acionando os sistemas que interrompem o fornecimento por segurança. O perigo
pode aumentar ainda de acordo com materiais usados na confecção de pipas e
rabiolas, que podem ser metálicos e condutores de eletricidade.
“A
principal orientação é de soltar pipas longe da rede elétrica, como em lugares
abertos, praias e parques. Assim, são evitadas situações que podem levar a
interrupções no fornecimento de energia e prejudicar diversas pessoas, além de
representar risco de acidentes para as pessoas”, afirma o gerente de
saúde e segurança da Neoenergia, Harley Albuquerque.
CRESCEM REGISTROS DE OCORRÊNCIAS COM PIPAS
Foram
registrados na Bahia 426 desligamentos emergenciais provocados por ocorrências
com pipas de janeiro a julho, um aumento de 30% em relação ao mesmo período do
ano passado, quando houve 309 ocorrências. Só em
julho, houve quase o dobro de casos comparado ao mesmo período do ano passado,
com 141 ocorrências em 2020 e 80 em 2019.
A Celpe registrou 197 quedas de energia provocadas por pipas em 2020,
enquanto em 2019 foram 65. Apenas em junho, o número de ocorrências foi seis
vezes maior em relação ao mesmo mês do ano passado.
Quarenta e cinco ocorrências foram registradas nos sete primeiros meses
do ano no Rio Grande do Norte, um aumento comparado às 27 do mesmo período
no ano passado. Apenas em um dos casos, mais de 14,6 mil clientes da Cosern
ficaram sem energia por causa da brincadeira com pipa em local inadequado.
O aumento foi
de 12% nas áreas de concessão da Elektro em São Paulo e no Mato Grosso do Sul,
onde foram registradas de janeiro a julho de 459 quedas de energia causadas por
pipas. Em 2019, o número foi de 410.

A ORIENTAÇÃO É ENTRAR EM CONTATO COM A NEOENERGIA
Se a pipa
ficar enroscada em fios ou postes, ela não deve ser puxada sob nenhuma hipótese
nem devem ser atirados materiais como pedras e cabos de vassouras para
retirá-la. Isso pode provocar o rompimento dos cabos, causando quedas de
energia e até mesmo choques elétricos fatais. A orientação da Neoenergia é de,
nesses casos, entrar em
contato a concessionária de energia em cada estado,
por meio dos contatos de emergência, que são:
Coelba
WhatsApp:
(71) 3370-6350
SMS Falta de
Energia: 28116
Relacionamento
com clientes: 116
Celpe
WhatsApp:
(81) 3217-6990
SMS Falta de
Energia: 28116
Relacionamento
com clientes: 116
Cosern
WhatsApp:
(84) 3215-6001
SMS Falta de Energia:
28116
Relacionamento
com clientes: 116
Elektro
WhatsApp:
(19) 2122-1696
SMS Falta de
Energia: 28116
Relacionamento
com clientes: 0800.701.0102
NUNCA USAR CEROL
O uso de
cerol já é proibido por lei em diversos lugares, como nos estados da Bahia,
Pernambuco, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Apesar disso, seu uso continua
deixando vítimas. Para as redes elétricas, eles também são fatores de risco. “Por
deixar a linha cortante, pode causar o rompimento dos cabos. Mesmo que no
momento pareça que eles não foram danificados, com o tempo, isso pode acontecer
e provocar quedas de energia ou até atingir alguém, que pode ser vítima de um
choque elétrico”, adverte o gerente de saúde e segurança da Neoenergia.
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