Jovens conquistam emprego na Neoenergia após capacitação profissional promovida pela empresa

11/11/2020
11/11/20

 

 

Quatro adolescentes tiveram suas vidas transformadas pelo programa Involve, iniciativa da Neoenergia voltada a mobilização de jovens de comunidades para o desenvolvimento de habilidades que contribuam para seus futuros profissionais. Eles participaram do curso de informática desenvolvido em parceria com a ONG Casa da Comunidade do Berardo, no Recife, e, antes mesmo de concluir a formação, foram contratados como jovens aprendizes pela Celpe, concessionária da Neoenergia em Pernambuco. A ação faz parte do projeto de voluntariado internacional da Iberdrola – controladora da Neoenergia – no qual colaboradores vindos de outros países e brasileiros contribuem de forma voluntária no projeto, em ações na comunidade e mentoria com os jovens.  

O projeto, que já está em sua 9ª edição e é realizado pela Iberdrola também no México, aconteceu na capital pernambucana pela primeira vez em 2019. O local escolhido foi a Comunidade Sítio do Berardo, no Prado, Zona Oeste do Recife, onde fica a Casa da Comunidade. A ONG oferece cursos e ações de cidadania para os moradores e a parceria com a Neoenergia possibilitou a reforma completa do espaço para receber o programa Involve. Foram 40 jovens selecionados para participar do curso de informática básica e, dentre esse grupo, quatro se destacaram: Ingra, Breno, Deyvison e Leticia. Com idades entre 15 e 17 anos, eles conquistaram o primeiro emprego na Celpe como jovens aprendizes. Até o final do ano, mais três estudantes serão selecionados para vagas que abrirão em breve.  

“O projeto tem transformado a vida de vários adolescentes em situação de vulnerabilidade. Nas salas de informática montadas pela Neoenergia, os voluntários da Iberdrola não só fornecem treinamento para esses jovens, mas também criam vínculos que os ajudarão no acompanhamento posterior. Tudo isso com o objetivo final de facilitar sua incorporação bem-sucedida no mercado de trabalho”, afirma o gerente de Comunicação Interna e responsável pelo programa de voluntariado da Neoenergia, Clayton Freire.  

SOBRE O INVOLVE 

O projeto conta com a participação essencial dos voluntários. Na edição anterior, foram 44 colaboradores. Do total, 20 são oriundos de diferentes países (Reino Unido, Espanha, Estados Unidos e México), além de 24 brasileiros (20 voluntários da Celpe e quatro das demais empresas da Neoenergia - Coelba (BA), Cosern (RN), Elektro (SP/MS) e Holding (RJ) – um de cada local. Durante a estadia no Recife, o grupo realizou tarefas de treinamento em informática como Wordpress, Pacote Office e Redes Sociais, com orientação e foco na capacitação para o mercado de trabalho para os jovens participantes.  Esse momento aconteceu por duas semanas no Centro de Treinamento da Celpe, no Bongi.  

O destaque ficou por conta da promoção de momentos de interação e desenvolvimento com os alunos. Isso porque, depois que os voluntários retornam aos seus locais de origem, continuam acompanhando o desenvolvimento dos jovens, numa espécie de apadrinhamento/tutoria a distância. Enquanto isso, os jovens continuam tendo aulas de informática, custeadas pela Iberdrola e Neoenergia. Além das aulas, o grupo foi à comunidade para um dia de ação social que revitalizou espaços públicos e a sede da ONG Casa da Comunidade do Berardo. Na ocasião, a equipe realizou serviços de pintura de ruas e calçadas, plantio de mudas e organização da ONG.  

Este ano, como consequência da pandemia de Covid-19, o programa está sendo desenvolvido remotamente e em formato digital. 

CONHEÇA OS JOVENS CONTRATADOS 

Ingra Gaudino  

Mais jovem da turma, Ingra tem 15 anos. Ela está no 9º ano do Ensino Fundamental e sonha em ser advogada. O padrinho da estudante é o voluntário Francisco, vindo da Espanha.  

“A oportunidade com o curso e agora a contratação na Celpe mudou muita coisa na minha vida e adiantou meus planos profissionais. Tenho vontade de cursar Direito, atuando com fusão de grandes empresas. Por isso, trabalhar na Celpe me dá chance de aprender sobre o funcionamento de uma companhia e conhecer mais sobre a área que quero seguir. Eu fiquei muito feliz com a seleção, principalmente porque não esperava isso. Dentro do projeto, formei uma família, me tornando amiga de muitas pessoas. A troca com os voluntários foi muito enriquecedora também, pois pude aprender várias coisas, a exemplo da língua. Sou muito comunicativa e o Francisco também, então isso facilitou. O que eu posso dizer para todos que tiverem essa chance é que se agarrem nela, pois, ao final, só trará bons frutos”.  

 

 

 

 

 

Letícia Ferreira  

 

 

A estudante de 17 anos está no 2º ano do Ensino Médio. Ela tem o desejo de se formar em psicologia e ser terapeuta infantil. Na imagem, Letícia (à esquerda) está ao lado de Paula, da Espanha, voluntária ‘madrinha’ da jovem.  

“Quando eu recebi a notícia de que havia sido selecionada, nem acreditei, a ficha demorou de cair. Só quando fui até a Celpe para assinar o contrato, é que eu pensei ‘agora sim, é oficial’. Essa tem sido uma experiência única. Sei que vou levar para sempre esse aprendizado, pois quero abraçar a oportunidade da melhor forma possível, aproveitando tudo a que tenho direito. Meus pais também estão muito orgulhosos, pois tenho chance de estudar e trabalhar. Eu estava precisando de uma chance dessas para ajudá-los em casa, pois eles não possuem renda fixa. Minha mãe é dona de casa e meu pai é garçom. Ele estava desempregado desde antes de iniciar a pandemia e tinha alguns bicos trabalhando como marceneiro e só agora conseguiu uma vaga como temporário em um restaurante”. 

 

Deyvison Gabriel Nascimento 

O jovem de 17 anos está no 1º ano do Ensino Médio e quer seguir carreira em administração. O padrinho de Deyvison é José Molida, voluntário da Espanha.  

“Fico muito feliz por ter sido contemplado com a iniciativa e agora poder aproveitar a experiência, que tem sido surreal. Não achava que teria capacidade para tudo isso, mas fui desempenhando e conquistei. Viemos de uma comunidade carente e alcançamos um objetivo que poucos tem o privilégio. Essa é a minha primeira experiência trabalhando e me ajudou bastante a ver que é isso mesmo o que eu quero: trabalhar na área de administração. Depois que iniciei o curso, tenho pesquisado bastante sobre o assunto, para me ajudar a me desenvolver na área. Vejo vídeos no Youtube, pesquiso em sites na internet, com bastante foco no aprendizado”. 

Breno Guedes 

Estudante do 1º ano do Ensino Médio, o jovem de 16 anos quer ser engenheiro mecânico.

“Comecei o curso sem saber de nada, daí em diante aprendi diversas ferramentas, programas de editoria de imagens. Com esse conhecimento que eu adquiri, eu e minha mãe, Polyana, tivemos a ideia de abrir uma pequena gráfica em casa, há cerca de seis meses. Compramos uma impressora e um notebook e passamos a atuar na comunidade. Fazemos banners, cartazes, xerox, impressão, 2ª via de boleto, entre outras coisas, recebendo diversos pedidos pelo Whatsapp. Todo mundo aqui conhece a Polyana do Xerox. Antes, minha mãe era artesã, confeccionava laços, e hoje cuida da gráfica. Eu sempre estou a ajudando, ensinando a usar o notebook, as ferramentas, como fazer impressões, enfim, todas as dúvidas que ela tem, eu estou ali para tirar. Eu tenho adorado essa oportunidade, algo que eu não poderia perder, que vai me ajudar no futuro, então eu só tenho a agradecer”. 

 

 


 

 


 

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