
A Neoenergia iniciou a construção de um dos seus principais
projetos de energia limpa, os parques solares Luzia, localizados no município
de Santa Luzia, no Sertão da Paraíba. O início das obras do complexo estava
prevista para o segundo semestre de 2021 e foi antecipado com a emissão da
licença de instalação pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente do
Estado (Sudema) autorizando a instalação do parque Luzia III, por onde serão
iniciadas as obras do empreendimento. Com capacidade instalada total de 149,3
MWp, o empreendimento é o primeiro da companhia para a geração fotovoltaica
centralizada. A energia produzida será totalmente voltada ao mercado livre e o
novo ativo possuirá sinergia operacional com outros negócios da empresa na
região, em eólica e transmissão.
“O avanço na instalação das usinas solares Luzia é estratégico
para a companhia e a sua construção já começa com 100% de energia vendida até
2026 no Ambiente de Contratação Livre e 20% já vendida até o final da sua vida
útil. O empreendimento está perfeitamente alinhado com o nosso objetivo de
expandir a carteira de geração de energia limpa com criação de valor e, dessa
forma, contribuir com o desenvolvimento sustentável e de baixo carbono”, afirma o superintendente de Projetos Renováveis da
Neoenergia, Leandro Montanher.
A previsão da companhia é que a operação comercial do novo
empreendimento seja iniciada no segundo semestre de 2022. A energia produzida
nos quatro primeiros anos já está totalmente comercializada no ambiente livre
por meio de PPAs (no inglês, Power Purchase Agreement) de longo prazo. A
capacidade instalada nas usinas equivale ao suficiente para atender mais de 100
mil casas, evitando a emissão de 65 mil toneladas de CO² por ano.
Serão implantadas duas usinas solares em uma área arrendada de
462 hectares, espaço correspondente a 38 estádios de futebol como a Arena Fonte
Nova, localizada em Salvador (BA). Serão instalados 233.280 módulos
fotovoltaicos que, se fossem alinhados, ocupariam 309 quilômetros, ou seja, a
distância entre Recife (PE) e Natal (RN). Serão utilizadas 7,7 mil toneladas de
aço, quase o volume aplicado na Torre Eiffel, cartão postal francês, que tem 10
mil toneladas de aço.
A construção dos parques vai gerar benefícios econômicos para os
proprietários de terras durante toda a vida do empreendimento. A geração de
empregos é outra vantagem das obras, que deverão criar 700 postos de trabalho
no pico.
Sinergia operacional
A localização das plantas fotovoltaicas potencializa a sinergia
operacional do Grupo. O empreendimento será construído a aproximadamente 11
quilômetros da subestação Santa Luzia II, que integra o projeto de transmissão
adquirido pela companhia no lote 6 do leilão 002/2017 da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), com energização prevista para este ano. Além disso, a
infraestrutura de conexão das usinas será compartilhada com o Complexo Eólico Chafariz,
onde estão sendo instalados 15 parques que somam capacidade instalada de 471,2
MW, e devem entrar em operação no segundo semestre de 2021. Já funcionam na
região três parques eólicos, Canoas e Lagoa 1 e 2, que somam potência instalada
de 94,5 MW. 
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