As redes de transmissão são responsáveis por levar, com
segurança e confiabilidade, a energia produzida nas usinas geradoras até os
consumidores. É por isso que a expansão desse sistema é a base para o
desenvolvimento do setor elétrico. Contribuindo com o crescimento do mercado
brasileiro, a Neoenergia investiu R$ 2 bilhões em projetos de transmissão em
2020, quando energizou duas subestações e 359 quilômetros de linhas de
transmissão, com entregas antecipadas em até 25 meses. O investimento foi 235%
superior a 2019, o que representa um aumento de R$ 1,3 bilhão em relação ao ano
anterior. A companhia se destacou no último leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro, adquirindo o lote com maior
extensão do certame.
“Em 2020, conseguimos superar os desafios e avançar com
os nossos projetos, acelerando os investimentos e gerando empregos. Com
inovação, eficiência e planejamento, realizamos as nossas obras com economia de
recursos e antecipação do cronograma, o que confirma as taxas de retorno
esperadas, gera valor para os nossos investidores e contribui para o
crescimento do setor elétrico”, afirma o diretor de Transmissão da Neoenergia,
Luís Alves.
Foram energizadas no ano passado as subestações Sobral (CE), Biguaçu (SC) e três trechos do projeto Dourados (MS), que representaram
mais da metade dos 578 quilômetros da linha de transmissão. Todos os
empreendimentos foram adquiridos no leilão realizado em abril de 2017 – lotes
4, 20, 22 e 27 – e adicionaram, ainda em 2020, R$ 79 milhões de RAP (Receita
Anual Permitida), ou seja, 75,9% do total previsto.
As subestações contam com Compensador Estático de
Reativos, uma das mais modernas tecnologias no mercado. Para viabilizar o
início da operação comercial de Biguaçu com segurança em julho do ano passado,
a companhia utilizou a tecnologia de realidade aumentada para realizar o
comissionamento da subestação. Os projetos foram responsáveis também por
inovações ambientais, como o pioneirismo do uso de estivas de eucalipto para
acessar as torres de transmissão, evitando o aterramento de áreas alagadas e,
assim, contribuindo com a conservação da biodiversidade e da paisagem locais.
A Neoenergia já possui outros três empreendimentos em
operação e mais oito em construção, com destaque para a aquisição do lote 2 do leilão de dezembro de 2020. O novo projeto será o maior da companhia em
extensão, com a construção de 1.091 quilômetros de linhas principalmente na
Bahia, além de Minas Gerais e Espírito Santo. Ao todo, a empresa possui 1.038
quilômetros de linhas em operação e cerca de 6 mil quilômetros em construção. O
número maior do que a distância entre os pontos extremos do Brasil de leste a
oeste – a nascente do Rio Moa, no Acre, e a Ponta do Seixas, na Paraíba, que
ficam a 5 mil quilômetros um do outro.
Obras aceleradas
Com a aceleração dos projetos, a Neoenergia tem boas
previsões de antecipação, em relação ao business plan e aos prazos contratuais
da Aneel, para a entrega dos dois trechos finais da linha de transmissão
Dourados e de outros empreendimentos que estão em construção. Adquirida no
leilão realizado pelo órgão regulador em dezembro de 2017, a linha tem, ao
todo, 729 quilômetros cortando os estados de Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia
e tem o objetivo de contribuir para o intercâmbio de energia entre as regiões
Norte e Nordeste e escoar parte da produção da usina hidrelétrica Belo Monte(PA), que tem participação da companhia. Em 2020, foram criados 1.363 postos de
trabalho.
A linha de transmissão Santa Luzia (PB), arrematada no
lote 6 do mesmo leilão, gerou 943 empregos em 2020 e também está em ritmo
acelerado. O projeto será responsável por escoar a energia gerada pelo Complexo Eólico Chafariz, que está em construção na Paraíba e é um dos principais
projetos da companhia em geração limpa. Para prevenir a contaminação dos
colaboradores por covid-19, foi adotado em todas as obras um rígido protocolo
de saúde e segurança, que prevê testagem dos profissionais, uso obrigatório de
máscaras e intensificação das medidas de higiene pessoal e dos ambientes.
Inovação para avançar
Em razão da pandemia, a Neoenergia precisou inovar para
seguir com os processos de licenciamento ambiental necessários para o avanço
dos projetos de transmissão. Para isso, foram realizadas as primeiras
audiências públicas virtuais do setor elétrico em parceria com o Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e
com os órgãos ambientais estaduais. A digitalização contemplou os
empreendimentos do Vale do Itajaí, adquirido no lote 1 do leilão 004/2018, e
Lagoa dos Patos, arrematado no lote 14 do mesmo certame. No lote 1, foram
obtidas as licenças prévias de três subestações. No lote 14, as subestações
Marmeleiros e Livramento e a linha de transmissão Santa Maria-Livramento já
estão em construção. Os lotes 2 (Guanabara, no Rio de Janeiro) e 3 (Itabapoana,
entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais) do mesmo leilão também estão em processo
de licenciamento, além do lote 9 (Rio Formoso, na Bahia) do leilão 002/2019.
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