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Montagem de fotos com negócios de energia solar, transmissão e eólica

Eduardo Capelastegui: Planos de crescimento com rentabilidade em um cenário de incertezas

05/09/22

Montagem de fotos com negócios de energia solar, transmissão e eólica

 

Por Eduardo Capelastegui*

A economia global tem se caracterizado cada vez mais pela volatilidade e alta complexidade: acontecimentos recentes, como a guerra na Ucrânia, que se sobrepôs aos efeitos da pandemia de covid-19, escancaram essa realidade com impactos diretos e severos na cadeia produtiva global. Esse cenário, portanto, demanda das empresas uma atuação ainda mais estratégica, buscando a continuidade dos seus planos de crescimento e a manutenção da rentabilidade de seus projetos de investimento em um ambiente cada vez mais desafiador.

Essa atuação torna-se relevante em atividades que exigem a execução de grandes projetos, como é o caso do setor de energia - mercado com investimentos elevados e que atende prazos extensos até a operação comercial. Assim, a estratégia de investir em grandes projetos em um ambiente tão volátil deve ser feita com responsabilidade e disciplina, ancorada em quatro alavancas principais: i) governança sólida para a aprovação e controle periódico da sustentabilidade e rentabilidade do projeto; ii) disponibilidade dos melhores recursos humanos, tecnológicos, materiais e operacionais que sustentem os planos de investimentos; iii) gestão eficiente dos recursos financeiros, com acesso a instrumentos competitivos de crédito; e iv) modelo robusto de gestão de riscos capaz de antever e mitigar cenários adversos.

Aprofundando um pouco mais essas quatro alavancas:

Um sistema de governança sólido garante, com base em uma política de investimentos aprovada pelo mais alto nível da administração da empresa, que os projetos sejam previamente avaliados nos comitês e conselhos por meio de dossiês de investimento. Isso define, de forma prévia e clara, todas as premissas, métricas, marcos, limites de risco, estratégias de mitigação e níveis de rentabilidade dos projetos. Além disso, determinam os fóruns e a forma de acompanhamento da performance de elementos físicos e orçamentários do projeto.

Após a aprovação do projeto de investimento e início da execução das atividades, a política de investimento deve prever ainda a realização periódica de backtesting para garantir que o projeto, em todas suas etapas de execução, esteja consistente e aderente às premissas e rentabilidade aprovadas nos dossiês. Em caso de desvios e inconsistências, deve-se reavaliá-lo com novas ações corretivas e compensatórias para que o projeto siga entregando a rentabilidade-risco aprovada.

No que diz respeito à disponibilidade dos melhores recursos humanos, tecnológicos, materiais e operacionais, mesmo em uma conjuntura de escassez e elevação de preços, um ponto relevante é a consideração de uma carteira criteriosa e diversificada de fornecedores. Se faz necessário garantir que haja não apenas capacidade de execução e de entrega, mas risco de crédito e concentração adequado - por meio de avaliação prévia da saúde financeira e cláusulas de garantia para minimizar e antecipar qualquer risco de entrega e atraso. A avaliação de crédito atrelada a pré-contratos e acordos globais irá aportar segurança quanto a preços, indexação e execução dos projetos.

É fundamental que o líder do projeto implemente os mecanismos adequados para o acompanhamento e supervisão da execução realizada pelo fornecedor. Seja de materiais ou de serviços, o fornecedor deverá executar o projeto e seguir para outro. Já o responsável pelo projeto continuará com a operação e manutenção do ativo pelo prazo de concessão, que no setor elétrico normalmente supera os 25 anos. Portanto, a supervisão e o acompanhamento da execução do fornecedor é condição básica e de suma importância.

Do ponto de vista dos recursos financeiros, é necessária uma política que garanta a otimização da alavancagem e liquidez de caixa, que assegure resiliência frente a possíveis adversidades que possam incluir linhas de crédito compromissadas. Além disso, para ampliar a rentabilidade, é preponderante o acesso a fontes de crédito competitivas, diversificadas e a recursos incentivados, incluindo títulos verdes. Dessa forma, pode-se obter um perfil adequado da dívida, redução de custos e o alongamento de prazos, minimizando o risco de refinanciamento.

Adicionalmente, um ponto importante é a existência de um modelo robusto de gestão de riscos de mercado capaz de identificar e mitigar previamente as instabilidades relacionadas a inflação, commodities, taxa de câmbio, juros, entre outros. O dossiê do projeto também deve indicar as exposições e avaliar os limites e contingências de risco aceitáveis e os instrumentos da estratégia de investimentos a serem utilizados, bem como sua forma de mensuração e contabilização.

Por último, é importante destacar que os benefícios dessas quatro alavancas ficam mais evidentes e valorizados em momentos de incerteza. Trata-se, no entanto, de um processo que deve ser intrínseco à cultura organizacional da empresa, orientado por uma gestão focada no resultado, sustentável, eficiente, transparente, ética e ágil. Nesse contexto, somamos à responsabilidade dos parâmetros ESG, nos quais essas quatro alavancas devem ter aspectos ambientais e sociais identificados, bem como endereçados de forma consistente.

Nas palavras de Larry Fink, co-fundador da BlackRock, esse engajamento é fundamental para que projetos de grande porte gerem crescimento eficaz, estruturante e de propósito no longo prazo, assegurando a sustentabilidade dos investimentos e gerando valor para os acionistas, fornecedores, consumidores e empregados.

*Artigo escrito por Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia

 

 

 

 

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