A História do Futebol Feminino

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Ao todo, 100 milhões de brasileiros assistiram à Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019. Para muitos, esse foi o auge do futebol no país. Mas não foi fácil chegar a ele.

O ano era 2019. Todos os restaurantes, bares, lojas de conveniência, salões de beleza e salas de espera sintonizavam as televisões em um programa: a Copa do Mundo de Futebol Feminino. O Brasil foi o país que registrou a maior audiência daquela C​​​opa. A partida entre Brasil e França teve 59 milhões de espectadores em todo o planeta. Ao todo, 100 milhões de brasileiros assistiram àquela Copa do Mundo.


Para muitos, aquela Copa foi o auge do futebol feminino no Brasil. A pouco menos de 6 anos, em 2013, a Confederação Brasileira de Futebol anunciava o Brasileirão de Futebol Feminino, a maior competição da modalidade no país.




O caminho para essas conquistas não foi curto. É de se espantar que até 1983, apenas 30 anos antes, a modalidade era proibida para mulheres. Essa proibição, que durava mais de 50 anos, impediu que muitas meninas realizassem o sonho de jogar futebol.


Essas e outras datas servem para construir a História do Futebol Feminino. Confira o infográfico que produzimos sobre ela:​​



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​Organizado desde 2013, o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino já foi conquistado por grandes clubes, como o Flamengo (em 2016), o Santos (2017) e o Corinthians (2018 e 2020), e atualmente é transmitido ao vivo pelo YouTube e pela Rede Bandeirantes.

 

A DESIGUALDADE DE GÊNERO

As mulheres eram proibidas de praticar o esporte até 1983.

A jogadora Marta já foi eleita a MELHOR JOGADORA DO ANO por 5 anos consecutivos.

NENHUMA MULHER está no ranking dos 100 atletas mais bem pagos do mundo.

 

A HISTÓRIA DA MODALIDADE

1881, ocorreu o primeiro amistoso feminino internacional que se tem notícia: Inglaterra x Escócia, em Edimburgo. O jogo foi interrompido e a modalidade, proibida.

1894, com o futebol ainda proibido para mulheres, um grupo de mulheres se uniram para fundar o pioneiro British Ladies Football Club.

1​895, as valentes inglesas entraram em campo, em jogo que reuniu representantes do norte e do sul de Londres. A partida foi um sucesso de público, com 10 mil presentes.

1917, em meio à Grande Guerra, o futebol feminino ganhava destaque. Na grande final da Challenge Cup, 22 mil pessoas assistiram à artilheira Jennie Morgan, que marcou dois gols logo após tirar o vestido de noiva, horas depois de casar.

1921, o futebol voltou a ser vetado para mulheres. As federações europeias só iriam vê-lo com bons olhos exatos 50 anos depois, em 1971.

1940, o Pacaembu sediaria os primeiros jogos de mulheres no Brasil.

1983, a modalidade foi enfim regulamentada em solo nacional, com amistosos nos estádios, torneios de praia, calendários, prática nas escolas.

1986 foi um grande ano para o futebol feminino. Nele, entrou em campo a primeira seleção brasileira de futebol feminino. As pioneiras: Sidnéia (Lica), Rosa, Mary, Jurema e Fanta; Danda, Fia, Cenira e Pelezinha; Lúcia e Elzinha. Nascia também, em Alagoas, a futura goleadora Marta Vieira da Silva.

1988, a Fifa promoveu o primeiro torneio de seleções femininas. O Brasil ficou com o bronze.

1991, foi organizada a primeira Copa do Mundo Fifa de Futebol Feminino, vencida pelos EUA.

1999, o Brasil conquista seu primeiro pódio numa Copa do Mundo, com o bronze nos EUA.

2003, o Brasil de Marta conquista o ouro no Pan de Santo Domingo.

2007, Marta já era a melhor jogadora do mundo e o Brasil mostrou isso na prática: no Pan do Rio, Brasil 5 a 0 nos EUA na final pelo ouro. Na Copa do Mundo, o Brasil ficou com a prata após final com a Alemanha.

2013, a CBF lança o Brasileirão Feminino, com 20 clubes na primeira edição.

2015, a seleção conquista novamente o ouro, no Pan do Canadá.

2019, é a vez dos clubes: a Fifa e a Conmebol obrigam clubes que desejam disputar a Libertadores e a Sul-Americana no masculino a terem também times femininos.

2021, a Neoenergia entra em campo com a seleção para ajudar a modalidade a chegar ao próximo nível.

#IGUALDADEEMTODOSOSCAMPOS





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